Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Plano dos EUA de bomba nuclear subterrânea ganha novo impulso

Arquivado em:
Quinta, 03 de Fevereiro de 2005 às 20:12, por: CdB

A tentativa da administração Bush de retomar as pesquisas para uma bomba nuclear de penetração terrestre voltou a ganhar força na quinta-feira, quando um importante parlamentar republicano que bloqueou fundos no ano passado reviu a sua posição.

"Estamos abertos para discutir todas as questões", disse o republicano David Hobson, presidente do sub-comissão de Apropriações da Câmara de Deputados que monitora o armazenamentos de armas nucleares dos Estados Unidos.

O republicano de Ohio disse durante um encontro da Associação de Controle de Armas, que busca conter a disseminação de armas nucleares e que esperava iniciar um diálogo sobre o papel das armas nucleares na segurança nacional dos Estados Unidos.

O secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, quer que o Congresso volte a destinar fundos para determinar se uma arma nuclear existente pode ser colocada em um invólucro duro para aumentar sua capacidade de atingir alvos subterrâneos, confirmou esta semana um porta-voz do Pentágono.

Em novembro, sob determinação de Hobson, o congresso negou todos os fundos requisitados por Bush para este ano fiscal para três programas de pesquisa de armas nucleares -- entre eles a chamada bomba "demolidora de bunker" que tem o objetivo de arrasar alvos subterrâneos.

O Departamento de Defesa norte-americano diz que países como a Coréia do Norte e o Irã, suspeitos de manter programas de armas nucleares, buscam cada vez mais proteger seus principais bens nucleares escondendo-os debaixo da terra em bunkers fortificados.

No mês passado, Hobson escreveu que as iniciativas de pesquisa de armas nucleares de Bush eram "insensatas e desnecessárias" e que mandavam "o sinal errado."

Mas em seu discurso na quinta-feira e em uma entrevista à Reuters, ele se auto-descreveu como sendo uma pessoa de mente aberta e disse estar disposto a reconsiderar.

"Nem o Departamento de Defesa nem o Departamento de Energia nunca me especificaram nada sobre uma necessidade específica para um penetrador nuclear subterrâneo", disse. "O que estou pedindo é um diálogo."

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo