Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Planalto libera R$ 700 milhões para atender parlamentares

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Quarta, 26 de Novembro de 2003 às 07:54, por: CdB

O governo decidiu liberar às vésperas da votação da Reforma da Previdência no Senado nada menos que R$ 700 milhões do Orçamento de 2003 para atender a emendas de parlamentares. A boa notícia foi dada a líderes aliados na noite desta segunda-feira pelos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e da Casa Civil, José Dirceu, mas não foi suficiente para eliminar os sobressaltos na votação da Reforma da Previdência no Senado.

À última hora, a disputa interna do PMDB em torno da reforma ministerial levou o líder da sigla, Renan Calheiros (AL), que comanda uma bancada de 22 senadores decisiva para a aprovação da proposta, a obstruir a votação. Calheiros sente-se alijado das negociações do partido com o Planalto, dominadas pelo presidente do Senado, José Sarney (AP).

A decisão de Calheiros surpreendeu o Planalto, onde o ministro José Dirceu montou um "bunker" para acompanhar a votação no Senado.

A avaliação foi imediata: o senador tentava valorizar seu papel nas negociações com o governo, mas era um obstáculo contornável. Até mesmo porque a votação ainda poderia ser realizada nesta querta-feira, sem maior prejuízo.

Políticos desfilaram na Casa Civil ao longo do dia, tentando resolver pendências. O prefeito de Campo Grande (MS), André Pucinelli (PMDB), foi um deles. Tentava liberar recursos do Orçamento para a prefeitura. Foi advertido de que precisava assegurar o voto do senador Ramez Tebet (PMDB-MS) para a reforma.

Inseguro em relação à maioria de que dispunha no Senado, o Planalto tentou se cercar de precauções. Uma das principais foi a decisão de liberar R$ 700 milhões do Orçamento deste ano.

Até agora, limitara-se a liberar recursos do Orçamento de 2002, que estavam previstos na rubrica "restos a pagar", como a parcela de R$ 350 milhões disponibilizada na semana passada.

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