Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato complicou a situação do secretário nacional de Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, e citou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva em seu depoimento como um dos mentores de sua nomeação para o cargo.Funcionário de carreira do BB, Pizzolato relatou aos parlamentares da CPMI dos Correios um possivel encontro com Lula na campanha de 2002, quando teria sido sondado sobre seus horizontes profissionais no banco.
Pizzolato também disse à CPMI que recebeu um telefonema do então presidente do BB, Cássio Casseb, no qual foi convidado para a direção do Departamento de Marketing, fato que, ele acredita, foi possível graças a sua influência no Partido dos Trabalhadores.
- É provável (que essa influência tenha ajudado). Mas acredito que o processo de escolha se deveu basicamente às restrições que o cargo oferecia. Exigia que fosse funcionário de carreira do banco, que tivesse algum conhecimento. Aí, talvez, tenha se afunilando no meu nome - disse.
A nomeação, ainda segundo Pizzolato, não lhe soou como um prêmio. Tratava-se, como ele afirmou, de "um sacrifício". No governo de Fernando Henrique Cardoso ele disse que ocupou cargos de maior prestígio.
- Eu ocupava um gabinete e tinha onze assessores - lembrou.
Sobre Luiz Gushiken, ele disse manter relações formais, mas lembrou do tempo em que dividiu um apartamento com o então deputado Luiz Gushiken, por seis meses.