Os pilotos da Fórmula 1 questionaram a atitude do presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, diante de sua tentativa de aumentar a segurança na categoria.
Eles expressaram sua preocupação numa carta assinada durante o Grande Prêmio da França e divulgada após Mosley cancelar reunião marcada com eles.
O documento foi assinado por todos os pilotos, com exceção do heptacampeão mundial da Ferrari, Michael Schumacher, e dos pilotos da Red Bull David Coulthard e Christian Klien.
Na carta eles recordaram uma conversa por telefone entre Mosley e um diretor da Associação dos Pilotos de Corrida (GPDA), supostamente Coulthard, no dia anterior à audiência do conselho da FIA que julgou as equipes que usam pneus Michelin quanto ao fiasco ocorrido no GP dos EUA.
Dezenove pilotos também assinaram um comunicado após a corrida dando apoio às equipes que desistiram da prova quando a empresa francesa informou que não poderia garantir a segurança de seus pneus em uma curva específica do circuito de Indianápolis.
-Estávamos preocupados para saber se durante a conversa telefônica você sugeriu que a FIA poderia abandonar as iniciativas de segurança adotadas pela GPDA. A GPDA acredita que as medidas de segurança são da mais alta importância e está desapontada por não receber o apoio total do presidente da FIA nesta questão - disseram os pilotos na carta.
Mosley fez da segurança um dos pilares de seu mandato e reiterou seu compromisso em uma carta direcionada ao piloto escocês nesta terça-feira, dizendo:
- Como você sabe, nós consideramos muito importante o aumento da segurança dos pilotos - disse ele.