O PFL tem pressa em definir quem será o candidato à sucessão da petista Martha Suplicy. Líderes do partido deram um prazo aos tucanos para que apresentem lapós o carnaval - até o final deste mês - o pré-candidato a prefeito de São Paulo.
Os pefelistas também pressionam também para que o indicado seja o ex-senador José Serra, presidente do PSDB, ou um secretário de Estado do governador paulista, Geraldo Alckmin. Caso isto não aconteça, caciques do PFL ameaçam desistir da aliança no primeiro turno com os tucanos paulistas e lançar candidato próprio à sucessão municipal: o deputado federal José Aristodemo Pinotti ou o senador Romeu Tuma.
- Nosso parceiro natural é o PSDB, mas, a medida que os tucanos não definem seu caminho, nossa candidatura própria vai se consolidando - afirmou o deputado federal Gilberto Kassab, um dos articuladores do PFL paulistano.
Sem a aliança, tucanos e pefelistas perderiam importante tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e TV, já que os dois partidos possuem representatividade semelhante na Câmara dos Deputados. Além disso, ficariam praticamente isolados na disputa deste ano. A situação das duas siglas, as principais na oposição aos governos do PT, se agravaria ainda mais com a provável confirmação da aliança PT-PMDB na capital.
Diante da ameaça, o PSDB paulistano se apressa para aparar arestas internas e tentar cumprir o prazo. "A aliança com o PFL para nós é prioritária, fundamental. Estamos em processo de negociação", disse o presidente do Diretório Municipal do PSDB, deputado estadual Edson Aparecido.