A Polícia Federal pediu à Justiça Federal, no Rio, que não autorize a saída do país da tripulação e do navio-cargueiro Roko, de bandeira das Bahamas, até que conclua as investigações sobre o acidente da noite de terça-feira. O cargueiro, que transporta uma carga de carne bovina e suína, embarcada em Itajaí, Santa Catarina, foi vistoriado, mais uma vez, pela Capitania dos Portos.
- Sabemos que o navio mercante possuia a informação não só no radar mas, também, visualmente da outra embarcação, da Costa Azul. E ocorreu algo, houve algum movimento de algumas das embarcações que motivou a batida -, disse o capitão dos portos, capitão de mar-e-guerra Antônio Fernando Moreira Dias.
O acidente envolveu uma traineira de madeira, de 15 metros, e um navio-cargueiro, de 108 metros, de bandeira das Bahamas. Oito pessoas morreram: cinco mergulhadores, dois marinheiros e o mestre arrais.
Dois tripulantes do barco de praticagem, que auxiliava o navio-cargueiro a atracar no porto do Rio, foram ouvidos nesta sexta-feira, pela Capitania dos Portos. Eles retiraram do mar os quatro sobreviventes do acidente. Os donos do Costa Azul também depoimento na capitania dos portos.
Técnicos da TecSub, a empresa em que trabalhavam os mergulhadores mortos no acidente na noite de terça-feira, tentaram içar a traineira Costa Azul. A Marinha recomendou que o trabalho seja feito com rapidez porque o barco está adernado num dos canais de navegação da Baía de Guanabara, a 37 metros de profundidade.
O sindicato nacional dos trabalhadores em atividades subaquáticas denunciou supostas irregularidades trabalhistas cometidas pela empresa TecSub. Segundo o presidente Edney dos Santos Jesus, a traineira Costa Azul não era a embarcação adequada para o transporte dos mergulhadores. Outra irregularidade seria a ausência de câmara hiperbárica no Costa Azul. Além disso, os mergulhadores, que trabalhavam nas obras do emissário de esgoto sanitário da Barra da Tijuca, ficariam embarcados mais de 50 dias.
A batida foi na entrada da Baía de Guanabara a 1km de Niterói, 1,5km da Ponte Rio-Niterói e a 2km do Rio.
PF pede à Justiça que cargueiro não saia do País
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Sexta, 20 de Outubro de 2006 às 20:47, por: CdB