Nota oficial distribuída nesta quarta-feira pela Petrobras informa que a empresa está ajustando os processos licitatórios para a construção da Plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1), de modo a incluir exigências de conteúdo nacional mínimo. Segundo a Petrobras, a decisão demonstra o seu comprometimento com o desenvolvimento nacional, por meio do incentivo à indústria brasileira. A intenção da estatal é exigir um conteúdo mínimo nacional de 75% do valor contratual para o módulo de geração elétrica, excluídas as turbinas, e de 60% para os serviços de construção e montagem dos módulos, neste caso, excluídos os custos relativos à instalações e interligações, o que possibilitará a geração de 2500 empregos diretos no Brasil. A unidade que deverá entrar em operação no segundo semestre de 2005 será instalada na Bacia de Campos e terá capacidade de bombeio de 815 mil barris de petróleo por dia, como parte do Plano Diretor de Escoamento e Tratamento de Óleo que viabilizará o envio, por dutos, do petróleo produzido nos campos de Marlim Sul, Marlim Leste e Roncador. O Plano Diretor para Escoamento e Tratamento de Óleo da Bacia de Campos objetiva criar uma nova alternativa, via oleoduto, aos shuttles (embarcações que levam o petróleo das plataformas para o continente). A Petrobras esclareceu, ainda, que a PRA-1 será contratada por meio de quatro licitações: uma para a jaqueta e estacas; outra para o sistema de bombeio; uma terceira para o módulo de geração elétrica; e a última para a construção dos demais módulos, incluindo os serviços de instalação e interligação no mar de todos os módulos. A licitação para a jaqueta já está em andamento e é exclusiva para empresas instaladas no país. As demais ainda não foram deflagradas. As mudanças aprovadas pela diretoria da Petrobras visam a exigência da construção no país da jaqueta, estacas e dos módulos de processo, utilidades, alojamento e instalação do módulo de geração elétrica, contemplando a opção de instalação da jaqueta e estacas. Além disso, a execução da engenharia de detalhamento dos módulos de geração elétrica, processo, utilidades e alojamento deverá ser realizada no Brasil.
Petrobrás exigirá conteúdo nacional mínimo na construção de plataformas
Arquivado em:
Quinta, 17 de Abril de 2003 às 05:50, por: CdB