Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Pesquisa mostra que dispara rejeição popular à presidenta Dilma

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Sábado, 07 de Fevereiro de 2015 às 18:10, por: CdB
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Os números mostram uma inversão no prestígio da presidenta Dilma
Os últimos três meses, passados após as últimas eleições no país, ofereceram uma lição à presidenta Dilma Rousseff, ao colocá-la no ranking de uma das piores rejeições desde o governo falido do tucano Fernando Henrique Cardoso. Segundo o Instituto Datafolha, Dilma recebeu 44% de ruim/péssimo, a mais baixa avaliação de um presidente da República desde FHC, em dezembro de 1999, quando atingiu 46%. Trata-se da mais rápida e profunda deterioração política de um governo desde a queda do presidente Fernando Collor de Mello. A pesquisa, promovida por um dos jornais mais críticos à presidenta, mostra que a queda abrupta de popularidade se concentra no pico do movimento de junho de 2013, embora não haja manifestações de rua. Segundo o grupo de comunicação que produziu a pesquisa, "a conjuntura sombria resulta da confluência do escândalo da Petrobras com a acentuada piora das expectativas sobre a economia". O argumento tem recheado os ataques diários à presidenta e ao seu partido, o PT, que completou 35 anos em meio à sua pior crise desde a fundação. "O pessimismo dos entrevistados se agrava pelo contraste entre a realidade e a imagem rósea pintada nas campanhas eleitorais do ano passado e pela possibilidade cada vez mais concreta de faltar água e energia. A presidente da República recebe o pior golpe, com uma inversão total nas opiniões sobre seu governo", diz o jornal. Em dezembro passado, segundo o Datafolha, Dilma tinha 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Agora, marca respectivamente 23% e 44%, em uma clara inversão de valores. Perda de prestígio Ainda de acordo com o Datafolha, Dilma obteve a primeira nota vermelha (4,8) após quatro anos no governo e uma campanha vitoriosa pela reeleição, mas sem uma política eficaz de comunicação, o que a levou a perder terreno, rapidamente, após o fechamento das urnas e o resultado apertado de sua vitória sobre a oposição neoliberal. A perda de prestígio da presidenta ocorre até nas faixas de renda em que encontra mais eleitores. Segundo a pesquisa, metade dos que ganham até dois salários mínimos consideravam seu governo ótimo ou bom em dezembro, e agora são 27% -23 pontos de queda em dois meses. Seis de cada dez entrevistados acreditam que Dilma mentiu na campanha eleitoral. Para 46%, falou mais mentiras que verdades (25% em meio a petistas). Para 14%, foi tudo mentira. Se na época do segundo turno só 6% achavam que a situação econômica do próprio entrevistado iria piorar, hoje são 26%. Como 38% acreditam que ficarão na mesma, conclui-se que o desalento contagia 2/3 da população. O movimento ocorre no momento em que o tarifaço, o aumento do desemprego e dos juros e a recessão ainda não se materializaram completamente. Em uma reação, ainda que tardia, na noite passada, a presidenta Dilma convocou a militância de seu partido, o PT, a combater a desinformação sobre as ações do governo federal, em especial nos próximos quatro anos de seu segundo mandato. – Nós devemos enfrentar o desconhecimento e a desinformação sem tréguas. A luta deve continuar – declarou durante o evento que contou com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-presidente José Mujica (Uruguai),governadores, ministros, parlamentares e militantes de todo o País. Para a presidenta, é preciso reagir aos boatos e travar a batalha da comunicação, mas o núcleo de Comunicação Social do Palácio do Planalto não alterou, até agora, a política de publicidade que privilegia o cartél midiático que domina o setor, no país. – Não podemos permitir que a falsa versão se firme. Nós temos que levar a nossa versão à opinião pública e dar exemplos – afirmou, sem entrar em detalhes de como isso deverá ocorrer. Apelando ao sentimento partidário, a presidenta pediu à militância que desminta quando for dito que o governo vai acabar com as conquistas históricas dos trabalhadores, “digam que não é verdade! Nós temos políticas de valorização do salario mínimo”.
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Edições digital e impressa
 
 

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