O governo peruano dissolveu na última segunda-feira o Conselho Nacional de Inteligência (CNI). A informação foi divulgada pelo primeiro-ministro Carlos Ferrero. O chefe do CNI renunciou após ser acusado de desfalque e ligações com o ex-assessor Vladimiro Montesinos.
Conforme Ferrero, o chefe do CNI, vice-almirante Ricardo Arboccó, 'renunciou por razões de honra e para não prejudicar o governo do presidente Alejandro Toledo', após ser acusado de desfalque e ligações com Montesinos.
Diante da renúncia do almirante Arboccó, o governo tomou a decisão de desativar o CNI e fechar suas instalações, situadas entre a Base Aérea de Las Palmas e a Divisão das Forças Especiais do Exército, no distrito de Surco (sul de Lima), explicou Ferrero.
Arboccó, que ficou apenas 24 horas no cargo, era o sétimo chefe do CNI em 32 meses. Na última quinta-feira, o general Daniel Mora, que precedeu o almirante na chefia do conselho, renunciou em meio a um escândalo político.
O serviço de inteligência peruano caiu em uma crise permanente e em constante reestruturação a partir da destituição do presidente Alberto Fujimori, em novembro de 2000, quando se descobriu que o homem forte da inteligência peruana na década de 90, Vladimiro Montesinos, dirigia uma imensa rede de corrupção.
Peru dissolve Conselho Nacional de Inteligência
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Terça, 23 de Março de 2004 às 02:05, por: CdB