Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Peru aumenta ofensiva contra grupo armado

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Domingo, 02 de Janeiro de 2005 às 19:12, por: CdB

O governo peruano ordenou neste domingo que pessoas que residem perto da delegacia ocupada por um grupo armado deixem suas casas. Com isso, abre-se a possibilidade do governo fazer sua ofensiva para tentar recuperar a unidade, em poder dos rebeldes desde o último sábado.

Quatro policiais peruanos morreram em batalha para tentar recuperar partes da cidade. O grupo armado quer que o presidente Alejandro Toledo renuncie.

- Toledo deve ir embora. Se Toledo não for, então nós não vamos sair daqui também - afirmou à Reuters Antauro Humala, por telefone celular, de onde ele disse que seu grupo controla diversos bairros depois de 36 horas de batalha.

Testemunhas da pobre e agrícola cidade a 900 quilômetros de Lima disseram ter ouvido tiros neste domingo à tarde e poucos residentes estão nas ruas dando suporte a Humala e seu grupo nacionalista.

Médicos de dois hospitais confirmaram a morte de quatro policiais e três estão feridos, além de um membro do grupo armado.

Humala atacou uma delegacia em Andahuaylas com cerca de 160 pessoas nas primeiras horas do dia 1o, fazendo 10 policiais prisioneiros. Ele disse que mais pessoas se juntaram ao seu grupo que, agora, conta com mais de 200 membros, inclusive sete mulheres.

Humala ganhou fama em 2000 quando se uniu a seu irmão em um golpe fracassado para derrubar o então presidente Alberto Fujimori e acusa agora Toledo de ser responsável por uma "corrupção generalizada".

- Vamos nos defender - disse Humala - Se eles quiserem arriscar suas vidas defendendo um presidente como Toledo, é problema deles.

O premiê Carlos Ferrero garantiu que o governo iria lidar de forma "cautelosa, porém firme" com a situação.

- Temos contingentes policiais e militares suficientes para tomar uma ação dissuasiva definitiva, o que deve acontecer nas próximas horas ou dias ou eles se entregam ou terão que enfrentar as consequências - disse.

As pesquisas mostram que os índices de popularidade de Toledo estão em apenas 9% no terceiro ano de seu mandato de cinco anos. Muitos peruanos estão cientes dos escândalos de corrupção do governo e dizem que Toledo não cumpriu suas promessas de criar mais empregos e riqueza.

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