Segundo a CGU, o montante de despesas no município de Buenos Aires com as empresas investigadas é de cerca de R$ 12 milhões
Por Redação, com ABr - de Brasília:
O Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Civil de Pernambuco deflagraram nesta sexta-feira a Operação Samidarish, com o objetivo de investigar fraudes em licitações nas áreas de educação, saúde e assistência social. A operação, que contou também com a parceria do Tribunal de Contas (TCE-PE) e do Ministério Público (MPPE) do Estado, é um desdobramento das operações Comunheiro 1 e 2.
Foram cumpridos 14 mandados de busca; e apreensão, 11 de condução coercitiva e nove de prisão temporária nos municípios de Buenos Aires; Carpina, Paulista, Aliança, Paudalho e Limoeiro, todos localizados em Pernambuco.
Por meio de nota, a CGU informou que as investigações apuram “a atuação de grupo criminoso que operava para obter benefícios indevidos em contratações públicas; constituindo empresas de fachada, bem como tendo pessoas interpostas como sócios ou agindo em conluio com agentes públicos”.
CGU
Segundo a CGU, o montante de despesas no município de Buenos Aires com as empresas investigadas é de cerca de R$ 12 milhões. Deste total, estima-se que R$ 6,9 milhões são referentes a recursos federais.
A Operação Comunheiro 1 foi deflagrada em março com o objetivo de investigar fraudes e lavagem de dinheiro em Pernambuco; envolvendo um grupo criminoso que utilizava empresas laranjas para vencer licitações de compra de alimentos.
Já a Operação Comunheiro II foi deflagrada em julho; com o objetivo de investigar empresas que forneciam alimentos vencidos para estudantes de escolas públicas em Pernambuco.
Acre
A Polícia Federal (PF), em conjunto o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na quarta-feira a Operação Asfixia para investigar fraudes em contratos e licitações firmados pela Secretaria de Saúde do Acre e a Fundação Hospitalar, para compra de cilindros de oxigênio medicinal usados em unidades da rede de saúde pública do Estado. Segundo a PF, até o momento foi apurado um prejuízo de mais de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos.
– Entre as fraudes constatadas, estão: adulteração de cilindros de oxigênio, mediante transvase (quando o produto é transferido para outros cilindros em quantidade menor); sobrepreço em atas de registro de preços; possível favorecimento a empresas suspeitas; e deficiência nos controles de entrega dos cilindros contratados – diz nota da CGU.
Os policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão, 13 de condução coercitiva; quando a pessoa é levada para delegacia para depor e, em seguida é liberada; um de prisão temporária, quatro de prisão preventiva. Dois servidores públicos investigados foram afastados do trabalho. As ações ocorreram nas cidades de Rio Branco, no Acre; em Campo Grande, Mato Grosso do Sul; e no estado do Ceará.