Rio de Janeiro, 21 de Janeiro de 2025

Penúltimo acusado da morte de Tim Lopes é julgado

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Quinta, 29 de Setembro de 2005 às 08:10, por: CdB

O julgamento do  penúltimo acusado da morte do jornalista Tim Lopes, Claudino dos Santos Coelho, o Xuxa, começa, nesta quinta-feira, a partir das 13h, no 1º Tribunal do Júri da Capital.

Em 20 de outubro, será a vez de Ângelo Ferreira da Silva, o Primo, encerrando assim o processo que já condenou cinco réus, entre eles, Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, a respectivamente 28 anos e seis meses e 23 anos e seis meses de prisão. Os dois traficantes foram condenados em maio e junho deste ano.

O juiz Fabio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro presidirá o julgamento e a acusação será feita pelas promotoras públicas Viviane Tavares Henriques e Patrícia Glioche Béze.

O último julgamento aconteceu em 20 de agosto passado, quando foram também condenados os traficantes Elizeu Felício de Souza, o Zeu; Reinaldo Amaral de Jesus, o Cadê; e Fernando Sátyro da Silva, o Frei, cada um, a um total de 23 anos e seis meses de reclusão, em regime integralmente fechado. Dos nove indiciados no processo, dois morreram: André da Cruz Barbosa, o André Capeta, e Maurício de Lima Matias, o Boi. Dos sete acusados vivos, faltam, portanto, contando com Claudino, dois a serem julgados pelo 1º Tribunal do Júri da Capital.

Assim como os demais acusados, Claudino dos Santos também concorre aos crimes de homicídio triplamente qualificado, por ocultação de cadáver e formação de quadrilha ou bando. A sua defesa será feita pela defensora pública Bernadette Espírito Santo. De acordo com o Ministério Público, o acusado pode pegar uma pena de até 39 anos de reclusão.

O jornalista Arcanjo Antonio Lopes do Nascimento, o Tim Lopes, 51 anos, morreu em 3 de junho de 2002, no Alto da Favela da Grota, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, quando fazia uma série de reportagens investigativas para a TV Globo sobre bailes funk e vendas de drogas na comunidade. Ele foi torturado e teve o seu corpo esquartejado e queimado dentro de pneus pelos bandidos, através do método conhecido como 'microondas', sob o comando do traficante Elias Pereira da Silva, um dos líderes do grupo criminoso Comando Vermelho.

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