Legenda governista Rússia Unida diz que irá oferecer todos os recursos disponíveis para que presidente russo seja reeleito em 2018. Vitória de Putin para um quarto mandato até 2024 é dada como certa
Por Redação, com DW - de Moscou:
O partido governista Rússia Unida oficializou neste sábado apoio à candidatura do presidente russo, Vladimir Putin, às eleições presidenciais marcadas para 18 de março de 2018.
– Este ano, o partido completou 16 anos. Em todo este tempo, teve um só líder indiscutível, um líder que unifica a Rússia, alguém que conta com a confiança e com o apoio da maioria absoluta dos cidadãos: Vladimir Vladimirovitch Putin – declarou o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, no congresso da legenda.
Na semana passada, Putin anunciou que vai tentar se reeleger como candidato independente e, agora, conta com o apoio do partido governista.
Segundo o primeiro-ministro, o partido Rússia Unida, que conta com mais de dois milhões de membros, irá destinar todos os recursos disponíveis "para que o dia 18 de março seja o dia da vitória incondicional" de Putin.
Presente do congresso, o presidente russo agradeceu o apoio do partido. "O que foi alcançado é o fundamento, mas não a garantia de um desenvolvimento futuro bem-sucedido", alertou.
Analistas políticos preveem que Putin será reeleito com um resultado histórico de mais de dois terços dos votos, permanecendo no Kremlin até 2024.
Possível quarto mandato
Essa será a quarta vez que Putin concorrerá a pleitos presidenciais na Rússia. O presidente cumpriu dois mandatos consecutivos a frente do Kremlin entre 2000 e 2008.
Impedido constitucionalmente de se recandidatar, Putin exerceu as funções de primeiro-ministro. Nesse período, seu aliado Dmitri Medvedev, no cargo de presidente, ampliou o mandato presidencial de quatro para seis anos.
Em 2012, Putin voltou a se candidatar e foi eleito presidente. Com uma taxa de popularidade de 80%, o presidente, no poder há 17 anos, tem a vitória praticamente assegurada.
Os candidatos opositores dos últimos anos – o líder comunista Guenadi Ziuganov, o ultranacionalista Vladimir Jirinovski e o liberal Grigori Iavlinski – já anunciaram a intenção de se recandidatarem.