Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Partidários de Oviedo querem renúncia de Macchi

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Terça, 06 de Agosto de 2002 às 08:15, por: CdB

Cerca de 2,5 mil partidários do ex-general Lino Oviedo voltaram às ruas do Paraguai na noite de segunda-feira para pedir a renúncia do presidente Luis González Macchi. Apenas três semanas depois de violentos protestos pró-Oviedo terem deixado dois mortos, os manifestantes marcharam até uma praça próxima ao Congresso, onde leram um documento exigindo a saída de Macchi. Segundo a correspondente da BBC em Assunção, Andrea Machain, os manifestantes foram advertidos que só poderiam caminhar até a meia-noite, de acordo com os termos de uma nova lei. Macchi chegou ao poder em março de 1999 depois do assassinato do então vice-presidente Luis María Argaña, crime do qual Oviedo é acusado, e da renúncia do então presidente, Raúl Cubas. Presidente do Senado na época, Macchi foi confirmado no posto pela Corte Suprema de Justiça até 2003. Os partidários de Oviedo, no entanto, alegam que o seu governo é ilegítimo e acusam o presidente de irresponsabilidade e corrupção. Oviedo, de 57 anos, tem pendente uma sentença de dez anos de prisão por uma tentativa de golpe em 1996, contra o então presidente Juan Carlos Wasmosy. A Justiça paraguaia ainda investiga as acusações de que o ex-general planejou e ordenou o assassinato de Argaña. No Brasil há dois anos, Oviedo aguarda uma anistia que permita que ele se candidate às eleições à Presidência do Paraguai em 2003.

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