Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Panteras Negras se reorganizam e marcham armados nos EUA

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Quarta, 13 de Julho de 2016 às 12:29, por: CdB

Além dos Panteras Negras, na última década, outros grupos revolucionários têm se organizado para ampliar a resistência à ação violenta das forças policiais

 
Por Redação, com agências internacionais - de Baton Rouge, EUA
  Os últimos episódios de violência policial contra negros, nos EUA, levaram os Novos Panteras Negras, grupo de orientação marxista inspirado no The Black Panthers: Vanguard of the Revolution (Os Panteras Negras: A Vanguarda da Revolução), ativo na década de 1970, a marchar armados em Baton Rouge, capital do Estado da Louisiana, no Sul do país. Na última semana, Alton Sterling e Philando Castile, dois homens negros, foram assassinados por policiais brancos.
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Os Panteras Negras, reorganizados no grupo Huey P. Newton Gun Club, protestam contra a violência policial
A manifestação, realizada na tarde desta quarta-feira, amplia o abismo entre a maioria branca e as comunidades negras, principalmente nos Estados norte-americanos que integraram o movimento confederado, na guerra civil que varreu o país entre 1861 e 1865. A luta contra a segregação e o racismo perdura ao longo de mais de 150 anos, com períodos de enfrentamento nas ruas das grandes cidades, a exemplo do surgimento dos Panteras Negras. Acompanhe a manifestação: Na última década, outros grupos revolucionários têm se organizado para ampliar a resistência à ação violenta das forças policiais. Ao longo de 2014 até agora, cinco organizações paramilitares negras uniram-se sob a bandeira do grupo Huey P. Newton Gun Club, que presta homenagem no nome a um dos principais líderes dos Panteras Negras. Newton foi assassinado em 1989 na cidade de Oakland, no Estado da California.

Racismo e assassinatos

As imagens das mortes de Castile e Sterling, gravadas por celulares e amplamente compartilhadas na internet, foram o pavio que detonou a revolta na população negra que permanece nas ruas em protestos contra a violência policial, muitos deles reprimidos com truculência pelas tropas de choque. Cidades como Austin, Phoenix, Nova York, Atlanta, São Francisco e Nova Orleans, entre outras, têm percebido um número cada vez maior de protestos e de manifestantes. Na Rodovia I-94, que atravessa Minneapolis e Saint Paul, as duas principais cidades do Estado de Minnesota, protesto em curso desde a noite de domingo paralisavam o tráfego. Com a chegada da polícia, os manifestantes tiveram que desbloquear a estrada. Ao serem desmobilizados, porém, jogaram pedras, garrafas e até restos de material de construção civil em direção aos policiais. Três integrantes das forças de segurança foram feridos. Em resposta, a polícia fez prisões, disparou balas de borracha e jogou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Segundo a polícia, a estrada voltou a ser aberta em seguida. Nas ruas de São Francisco, no Estado da Califórnia, centenas de manifestantes bloquearam ruas da cidade. Eles impediram a entrada e a saída de veículos da Ponte Bay, que liga São Francisco à cidade de Oakland. A polícia da Califórnia interveio em pelo menos duas ocasiões para liberar o tráfego pela ponte. Houve também protestos na região central da Califórnia, onde manifestantes bloquearam estradas. Em Denver, capital do Estado de Colorado, manifestantes sentaram-se em frente ao prédio da prefeitura e seguem acampadas no Parque Cívico da cidade. Eles reafirmaram, nesta manhã, que seguem na ocupação do espaço público. Na Flórida, centenas de pessoas fizeram passeata pacífica em West Palm Beach e Fort Lauderdale, ao longo do dia, como parte do movimento antirracista.
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