Rio de Janeiro, 11 de Março de 2025

Palocci descarta políticas emergenciais

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Quarta, 24 de Novembro de 2004 às 08:59, por: CdB

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou a adoção de novas políticas tributárias emergenciais, a exemplo do que fora feito em 2003 para socorrer a indústria automotiva.

- É cabível olharmos outros setores da economia para verificar se o ordenamento do sistema tributário está adequado ou pode ser melhor, mas não é necessária nenhuma política de curto prazo. Estamos olhando para políticas de longo prazo, para que possamos ter coisas novas em um ou dois anos - garantiu o ministro, durante a entrega do prêmio O Carro do Ano, na noite de ontem, em São Paulo.

Palocci enfatizou que a indústria automotiva é grande geradora de empregos e lembrou que em 2003 o setor teve "dificuldades reais", por isto foi beneficiado com redução de impostos.

- O governo tem sempre um olhar muito particular para os setores que são impulsionadores da atividade econômica como um todo - explicou.

Os números de 2004 da indústria automotiva foram comemorados pelo ministro. O setor, que registrava quedas em investimentos, vendas e nível de emprego desde 1998, finalmente voltará aos níveis de 1997 - ano considerado excelente.

No acumulado até outubro, a produção de veículos teve alta de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas no mercado interno cresceram 11,7%, passando dos 1,8 milhão de veículos - mais do que no ano inteiro de 2003. E o nível de emprego do setor, que caiu de 115 mil, em 1997, para 91 mil, em 2002, voltou a atingir o patamar de 100 mil empregados, com alta acumulada no ano de 9,1%.

- Este ciclo de crescimento que estamos vivendo hoje é o mais intenso dos últimos dez anos e tem sido acompanhado por um aumento da taxa de investimentos de cerca de duas vezes ao da expansão da renda. Neste contexto, a indústria automotiva tem papel de destaque - afirmou o ministro, lembrando que mudanças setoriais, quando oportunas, devem ser adotadas na direção de melhor desenho tributário e de estímulo à maior eficiência econômica.

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