Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Palma de Ouro segue para filme irlandês em Cannes

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Domingo, 28 de Maio de 2006 às 16:37, por: CdB

O filme The Wind That Shakes The Barley, do diretor britânico Ken Loach, sobre a luta pela independência da Irlanda em 1920, ganhou neste domingo a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Na categoria melhor diretor, o mexicano Alejandro González Inarritu venceu com Babel, um retrato dramático de obstáculos pessoais, culturais e nacionais, estrelado por Brad Pitt e Cate Blanchett.

A Palma de Ouro, um dos prêmios mais importantes do cinema, ficou com um dos cineastas e ativistas sociais mais respeitados do Reino Unido. A escolha foi apropriada para um festival no qual os filmes políticos roubaram boa parte da atenção. O diretor de 69 anos afirmou à agência inglesa de notícias Reuters, em recente entrevista, que a luta irlandesa pela independência, contra um império que impunha a sua vontade sobre um povo estrangeiro, tinha paralelos com a ocupação a que atualmente o Iraque estava submetido.

O Grand Prix, o segundo lugar, foi dado a Flanders, dirigido pelo francês Bruno Dumont. O longa é uma reflexão sobre a guerra e seus resultados, numa história sobre um jovem jornaleiro que é chamado a lutar em outro país. Ainda que Dumont não dê detalhes sobre a causa do conflito, as imagens brutais de paisagens desérticas, tropas atacadas por atiradores árabes e execuções de soldados capturados são uma clara referência às guerras do Iraque e do Afeganistão.

A atuação feminina em Volver, do diretor espanhol Pedro Almodóvar, que contou com Penélope Cruz e Carmen Maura, levou o prêmio de melhor atriz.

A categoria masculina também foi dividida. Ganhou o elenco de Indigenes, traduzido em inglês para Days of Glory, um filme sobre o papel das tropas do norte africano na defesa da França, durante a Segunda Guerra. O elenco do filme é composto por Jamel Debbouze, Samy Naceri e Sami Bouajila.

Almodóvar levou melhor roteiro com Volver, um dos favoritos da crítica para ganhar a Palma de Ouro.

O prêmio do júri foi para a britânica Andrea Arnold e seu filme Red Road, sobre uma mulher cujo emprego é monitorar as obscuras ruas de Glasgow através de câmeras de segurança instaladas a cada esquina.

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