Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Palestinos buscam diálogo com Israel após a morte de Arafat

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Quinta, 11 de Novembro de 2004 às 07:13, por: CdB

Palestinos exortaram Israel nesta quinta-feira a retomar as negociações de paz depois da morte de Yasser Arafat. Por seu lado, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse que o fato poderá representar um momento de mudança rumo à paz, caso os sucessores de Arafat acabem com a violência.

Arafat havia sido isolado por Israel e pelos Estados Unidos. Os dois países acusavam o líder de fomentar a violência em quatro anos de Intifada, algo que ele negava. Sharon dizia que não tinha um parceiro para a paz e por isso criou um plano unilateral para a retirada israelense de partes dos territórios ocupados.

Líderes do mundo mostram-se otimistas de que a morte de Arafat possa propiciar uma nova chance à paz. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, prometeu apoio de Washington.

Depois do anúncio da morte de Arafat em um hospital de Paris, o ministro das Relações Exteriores palestino, Nabil Shaath, pediu a retomada do plano de paz internacional, abalado por anos de violência e recriminação mútua.

Shaath disse à rede CNN que os Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Europa deveriam trabalhar em conjunto para garantir "um encontro que reúna as duas partes, que estabeleça o caminho para retomarem as negociações".

Ariel Sharon, em sua primeira reação à morte de Arafat, declarou que "os últimos acontecimentos provavelmente representam um momento de virada histórica no Oriente Médio". Ele disse que Israel "continuará seus esforços para alcançar um acordo político com os palestinos, sem demora".

Mas, reiterando exigências anteriores, Sharon afirmou que o progresso em direção à paz "dependerá antes de mais nada do fim do terrorismo e de se eles (líderes palestinos) travarem uma guerra ao terror".

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