A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta segunda-feira que a maioria dos países pobres não atingirá os objetivos globais para reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna e reverter os números da Aids e de outras doenças até 2015.
De acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), menhuma das regiões mais pobres dos países em desenvolvimento está no caminho para atingir a meta de reduzir em dois terços a taxa de mortalidade infantil - atualmente em 11 milhões de mortes por ano - na próxima década, de acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
O HIV, que mata três milhões de pessoas por ano no mundo, está se disseminando gradualmente em importantes partes da Ásia, segundo um relatório da OMS.
A saúde é o tema central da Declaração do Milênio da ONU, adotada por 189 chefes de Estado em setembro de 2000, e que estabeleceu um mapa com oito objetivos a serem alcançados até 2015.
Usando os dados de 1990 como base, o objetivo é reduzir a pobreza e a fome, sanar falhas nos serviços de saúde e educação e ampliar o acesso à água limpa.
- As evidências até o momento mostram que, embora tenha havido algum progresso, muitos países - especialmente os mais pobres - estão atrasados em relação à saúde", disse o diretor-geral da OMS, Lee Jong-Wook, em um comunicado.
- Isso deve afetar outras áreas, incluindo a educação, igualdade de direitos para homens e mulheres e redução da pobreza - observou.
- De forma geral, os dados apresentados aqui não são animadores. Eles mostram que, se as tendências observadas nos anos 1990 continuarem, a maioria dos países pobres não atingirá as Metas de Desenvolvimento do Milênio na área de saúde - disse o relatório.
Segundo o documento, em 14 países africanos os níveis de mortalidade de crianças menores de cinco anos estão mais altos do que em 1990.