A Aliança Atlântica precisa fazer mais para estabelecer a paz no Afeganistão e no Iraque, disse, em Varsóvia o secretário-geral da Organização dos Tratados do Atlântico Norte (Otan), Jaap de Hoop Schheffer. Na conferência que aconteceu na Academia Diplomática do Ministério de Assuntos Exteriores, Scheffer disse que entre as tarefas mais importantes da Otan estão a ampliação, o fortalecimento militar, a construção de novas relações com a Rússia, o apoio às transformações da Ucrânia e uma maior participação na busca pela paz no Oriente Médio.
"Os novos desafios lançados pelo terrorismo internacional, a proliferação das armas de extermínio em massa e a instabilidade de estados exigem uma maior eficácia da Otan", disse o secretário-geral da Aliança. "Tratam-se de perigos e ameaças que podem ser eficazmente combatidos pela ação conjunta da Europa com os Estados Unidos", disse.
O secretário-geral da Otan acrescentou que atualmente a tarefa mais urgente para a organização é ganhar o controle que mantém com o terrorismo no Afeganistão. Segundo Scheffer, as medidas adaptadas pelas Forças de Apoio à Segurança (SAF), dirigida pela Otan desde outubro de 2003, já dão os primeiros resultados positivos.
Durante sua visita à Polônia, o secretário-geral da Otan reuniu-se com o presidente da República, Aleksander Kwasniewski, com o primeiro-ministro Leszek Miller, e com os ministros da Defesa, Jerzy Szmajdzinski, e Assuntos Exteriores, Wlodzimierz Cimoszewicz.
O presidente Kwasniewski ressaltou a importância da solidariedade transatlântica e a necessidade de respaldo para o papel que a Otan desempenha no mundo. "O êxito da coalizão no que diz respeito à estabilização do Iraque e ao restabelecimento da normalidade é um assunto que interessa toda a comunidade internacional. Por isso, é preciso concentrar-se na reconstrução desse país e conseguir uma notável participação das Nações Unidas", disse Kwasniewski.
O secretário-geral da Otan manifestou-se a favor da política de portas abertas, com a finalidade de incentivar a entrada de mais países na Otan, desde que cumpram as exigências relacionadas à admissão como membros do Pacto.
Scheffer declarou em Varsóvia que a Otan estudará o aumento de sua ocupação no Iraque, com aprovação das autoridades soberanas do país, que receberão o poder no dia 11 de julho, assim como o Conselho de Segurança das Nações Unidas.