Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Oscar terá novas regras para evitar influência sobre juízes

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Sexta, 02 de Maio de 2003 às 11:09, por: CdB

O presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Frank Pierson, disse na quinta-feira que estão sendo elaboradas novas diretrizes para a campanha pelo Oscar, com o objetivo de evitar que os jurados sejam influenciados por distribuidores. Pierson afirmou que as novas regras podem estar em vigor já no fim deste ano, em uma tentativa de evitar uma campanha injusta para a competição de 2004. - Esse tipo de coisa tira a graça da competição. O Oscar deve ser uma celebração e uma festa. Quando o processo começa a ficar sujo, acaba com o entusiasmo dos participantes - afirmou Pierson. As novas regras tentarão acabar com o marketing excessivo de filmes. Muitos membros da Academia, por exemplo, recebem sofisticados pacotes de publicidade e vídeos dos filmes em competição, no que tem sido considerado uma tentativa de influenciar a opinião deles. As regras atuais da Academia proíbem o marketing excessivo, mas as penas previstas para querem as descumprem não são vistas com muita credibilidade. O que pode acontecer, por exemplo, é que um determinado estúdio terá o número de entradas para a cerimônia do Oscar reduzido. As novas regras que devem ser introduzidas pela Academia procurarão implementar penas mais duras para os estúdios que contrariam as regras. Há preocupações de que os estúdios menores podem estar em uma situação de desvantagem na hora de fazer a propaganda de seus filmes, já que não têm condições de gastar o mesmo tanto que os grandes estúdios. Atualmente, os distribuidores têm permissão para enviar uma fita de vídeo ou DVD de seu filme para os membros da Academia, mas sem nenhum brinde ou qualquer outro material extra. Outras regras tentam impedir que os estúdios convidem membros da Academia para a exibição de filmes nominados para o Oscar. Os distribuidores normalmente quebram essas regras ao convidar os jurados para eventos mais gerais onde os filmes indicados acabam sendo exibidos. Em março, o estúdio Miramax foi censurado por representantes da Academia por usar, na campanha de publicidade do filme Gangues de Nova York, um artigo no qual um ex-chefe da Academia elogiava o diretor do filme, Martin Scorcese. Na época, Pierson disse que a campanha "era uma violação clara das regras da Academia". Miramax afirmou não saber que a decisão contrariava as regras. No ano passado, a Universal reclamou que Uma Mente Brilhante havia sido alvo de uma campanha por parte de outros estúdios, que passaram a falar mal do filme. Uma Mente Brilhante acabou levando as estatuetas de melhor filme e de melhor diretor para Ron Howard.

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