Oposição libanesa rejeita pedido de diálogo após assassinato de Hariri

Os deputados da oposição libanesa, com o líder druso Walid Jumblatt à frente, rejeitaram de forma categórica o pedido de diálogo feito no domingo pelos aliados da Síria depois do assassinato de Rafic Hariri e convocaram manifestações públicas nesta segunda-feira contra o governo.

Reunidos na casa do deputado Ghattas Kury, os representantes da oposição, que representam um terço do Parlamento, rejeitaram o diálogo, que classificaram de "manobra".

Eles pediram uma plenária, com cobertura direta da imprensa, para debater o atentado que custou a vida do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri na semana passadaa.

Joumblatt, principal figura da oposição, pediu discussões diretas com Damasco "sobre a aplicação do acordo de Taef com uma retirada honrosa, por etapas, das tropas sírias".

Quase 14.000 soldados sírios continuam mobilizados no Líbano.

- Não sentimos nenhuma hostilidade contra a Síria, mas recusamos sua tutela. - destacou Jumblatt, que responsabiliza as autoridades sírias e libanesas pelo assassinato de Hariri.