Rio de Janeiro, 11 de Março de 2025

Oposição do PMDB abriga de magoados com Lula a pré-candidatos

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Segunda, 13 de Dezembro de 2004 às 16:57, por: CdB

O PMDB é conhecido por abrigar várias tendências, por protagonizar disputas ferrenhas em público e tomar decisões que não são cumpridas. Em meio a mais uma crise de identidade, em que uma ala decidiu desembarcar do governo e outra quer permanecer, um de seus líderes compilou um mapa dos tipos que disputam a legenda.

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ferrenho defensor da permanência do partido na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, admite a existência de constantes disputas na legenda.

"O PMDB é um partido que admite divergências", resumiu.

Tipos

1. Magoados -- são aqueles que apoiaram a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, enquanto o partido havia fechado a adesão a José Serra (PSDB) em 2002.

Apesar do apoio a Lula, passados dois anos eles agora se sentem magoados, preteridos e querem vingança. Entre eles estão, principalmente, o governador do Paraná, Roberto Requião, e Orestes Quércia, presidente do diretório paulista.

2. Mosca Azul -- são os integrantes do partido que vêm ouvindo chamados (da mosca azul) para concorrer à Presidência em 2006. Como o próprio Requião, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer.

3. Saudosistas -- muitas vezes chamados de "viúvas de FHC", são aqueles que querem voltar para a órbita do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, portanto, se aliar com o PSDB. Este seria o caso de Temer e do deputado Geddel Vieira Lima (BA).

4. Novo Interlocutor -- são os que buscam, como o grupo de Temer e os governadores do Sul, refazer a correlação de forças dentro do partido, tirando o poder de quem hoje está alinhado com o governo Lula.

5. Governistas -- são os que querem que tudo fique como está, mantendo a máxima proximidade com o governo Lula, ocupando cargos no Executivo e em estatais.

Além de Sarney e Renan Calheiros, outro bom exemplo desse grupo é o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, deputado federal pelo Ceará.

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