Senadores da oposição conseguiram reunir assinaturas com a base aliada do governo para a criação de uma CPI do Bingo, que na prática poderá investigar atos do ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz, suspeito de representar os interesses do jogo no Congresso e no governo.
A oposição resolveu usar a CPI do Bingo como uma alternativa à CPI para investigar Waldomiro Diniz, que também foi presidente da Loterj, no Rio, onde há denúncia de fraudes. No caso da primeira, já foram coletadas as assinaturas necessárias para sua instalação.
O requerimento para a instalação da CPI do Bingo é de autoria do líder do PL, senador Magno Malta (ES), mas a senadora Heloísa Helena (sem partido-AL) ajudou a coletar as assinaturas. O alvo da comissão é a suposta lavagem de dinheiro por bingos e máquinas caça-níqueis. No final da tarde de ontem 32 senadores haviam assinado o requerimento. Desses, 11 são da base aliada (sete são petistas). A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito exige o apoio de 27 senadores.
O governo trava uma luta com a oposição para que não seja instalada uma CPI para investigar o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares Waldomiro Diniz. O PT chegou a ameaçar na terça-feira ampliar o foco da comissão para suspeitas de contribuições ilegais de campanha do governo passado.
O PSDB continua recolhendo assinaturas para a CPI do caso Waldomiro. Ontem foi a vez do senador Pedro Simon (PMDB-RS): "Já tinha dito que assinaria".