A Polícia Federal desencadeou, nesta sexta-feira, a execução de 15 mandados de prisão e mais de 40 de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em crimes fazendários e previdenciários no Estado do Rio. Denominada Operação Cerol, a PF fez oito prisões nas primeiras horas da manhã, entre eles José Milton Rodrigues e Jairo Kulman, ambos ex-superintendentes da própria PF estadual; além de quatro delegados, um agente e um escrivão. Os policiais federais revistaram ainda a casa do delegado Roberto Prel, ex-vice-superintendente no Rio e representante da Interpol (polícia internacional) no Brasil e uma busca ao escritório da Interpol no Rio.
As equipes da PF seguiram por vários bairros do Rio no cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Desde às 6h, cerca de 150 policiais federais de outros Estados, chefiados pelo delegado federal de Brasília Zulmar Pimentel, cumpriram os 15 mandados de prisão, sendo oito contra policiais e sete contra empresários e advogados.
Segundo a assessoria de Imprensa da PF, o objetivo da Operação Cerol é desarticular uma quadrilha que fraudava inquéritos da Previdência e agia contra a Fazenda, sob a anuência dos policiais envolvidos. Delegados e agentes da PF são suspeitos de aliviar os inquéritos e facilitar a impunidade dos envolvidos. Ainda segundo assessores da PF, os intermediários eram advogados contratados pelas empresas interessadas em se livrar dos processos, devido aos contatos destes escritórios de advocacia com os policiais federais envolvidos.