A porta-voz acrescentou que o escritório da ONU está "profundamente preocupado com o risco de mais violência na Venezuela no marco das eleições de domingo"
Por Redação, com EFE - de Genebra:
O Escritório do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ONU) pediu nesta sexta-feira às autoridades da Venezuela que respeitem o direito dos seus cidadãos à liberdade de expressão, assembleia e manifestação pacífica. A Informação é da Agência EFE.
– Estamos muito preocupados pela proibição dos direitos básicos de expressão e manifestação. Especialmente no contexto do processo eleitoral de domingo –afirmou em coletiva de imprensa a porta-voz do escritório, Liz Throssell.
O governo venezuelano proibiu "reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer outro ato similar que possa perturbar ou afetar o normal desenvolvimento do processo eleitoral". A partir desta sexta-feira e até 1º de agosto para, segundo sua versão, permitir a votação de uma nova Assembleia Constituinte.
Throssell lembrou que a Venezuela deve respeitar a lei internacional de direitos humanos. Por isso, reiterou sua "preocupação" pelo fato de todas as manifestações terem sido proibidas.
– É por isso que fazemos uma chamada às autoridades para que respeitem o direito dos cidadãos à liberdade de expressão, associação e assembleia pacífica – afirmou.
A porta-voz acrescentou que o escritório da ONU está "profundamente preocupado com o risco de mais violência na Venezuela. O motivo seria as eleições de domingo" para a Constituinte.
Throssell especificou que devem respeitar-se "os desejos" dos venezuelanos a participar ou não nas eleições. E que, ainda que ninguém deva ser obrigado a votar. Aqueles que queiram participar no processo devem poder fazê-lo.
Nesse sentido. A porta-voz fez um apelo àqueles que se opõem à eleição da Constituinte para que o façam de "forma pacífica."
Constituinte
A respeito do processo da nova Constituinte, Throssell disse que o escritório das Nações Unidas não se posicionaria. E que se limitava a denunciar o tumultuoso "contexto" em que estas eleições são realizadas.
No entanto, a porta-voz acrescentou que "uma modificação constitucional só pode ser realizada com um amplo consenso. A participação de todos os setores da sociedade."