Uma nova droga contra a malária, considerada inovadora no tratamento da doença, está com os estoques baixos e muitos países não receberão tudo o que precisam, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) na segunda-feira.
A agência de saúde das Nações Unidas vem fazendo um apelo aos países -- especialmente na África, onde 1 milhão de crianças morre anualmente de malária -- para adotar o novo medicamento, feito à base de um extrato da planta chinesa artemisinina. Isso porque o parasita da malária tornou-se resistente à maioria das drogas existentes, como a cloroquina, amplamente empregada no tratamento da enfermidade, segundo a OMS.
A empresa farmacêutica suíça Novartis, fabricante do novo tratamento, no entanto, informou que seus fornecedores chineses não conseguiriam prover quantidades suficientes do ingrediente, pelo menos até março de 2005, informou a OMS em um comunicado. "Com isso, a OMS não conseguirá adquirir as quantidades (da droga) necessárias aos países durante os próximos meses", afirmou a agência.
A Novartis, que fornece o medicamento para a OMS a preço de custo, está negociando com seus fornecedores chineses. O laboratório também espera que a situação melhore no próximo ano.
A OMS, que esperava conseguir fornecer cerca de 60 milhões de tratamentos em 2005, informou que somente cerca de 2,4 milhões estariam disponíveis entre dezembro e o começo de março.
A malária é transmitida por mosquitos e cerca de 2 bilhões de pessoas vivem em áreas afetadas pela doença.