Oficiais israelenses e ANPse reúnem para acertar retirada de Jericó

Oficiais de segurança de Israel e do governo palestino se reunirão, nesta quarta-feira, com o objetivo de acertar os detalhes para a retirada do exército israelense e a transferência do controle nas cidades cisjordanianas de Jericó e Tulkarem.

Segundo fontes israelenses, nas conversações participarão o brigadeiro Gadi Eisenkot, comandante do exército israelense na Cisjordânia, e o general Haj Ismail, chefe das forças de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Ambos os representantes, e seus colaboradores, terão que acertar a aplicação na prática do acordo ao qual chegaram, na noite desta terça-feira, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, na passagem fronteiriça de Erez, ao norte de Gaza.

Depois da reunião, ambos anunciaram que a transferência do controle aos órgãos de segurança da ANP acontecerá "nos próximos dias" nas duas localidades, Jericó, ao sul de Jerusalém e Tulkarem, no noroeste da Cisjordânia.

As fontes israelenses disseram, nesta quarta-feira, que a retirada militar de Tulkarem aconteceria no próximo domingo, ao começar a semana de trabalho depois do dia do descanso sabático (shabat) em Israel.

Na reunião, da noite desta quarta-feira, em Erez, participou com o presidente Abbas seu novo ministro do Interior, o general Yusuf Naser, a cargo dos órgãos de segurança da ANP.

O acordo para a transferência do controle em Jericó e Tulkarem, segundo Abbas, compreenderá também a retirada de várias aldeias do distrito de cada uma delas, e a eliminação das barreiras israelenses de controle nos acessos a essas localidades.

A transferência do controle deve seguir agora em Ramala, onde Abbas tem a sede de seu Governo; Kalkilia e Belém, segundo o estipulado pelo presidente palestino com o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, em 8 de fevereiro, na Cúpula de Sharm el-Sheikh.

As cidades de Jenin e Nablus, no norte da Cisjordânia, estão por enquanto excluídas do pacto entre Sharon e Abbas, e seguirão cercadas pelo exército israelense.

Segundo fontes israelenses, essa situação foi solicitada por Abbas pois suas forças de segurança não estão capacitadas por enquanto para impor sua hegemonia entre as organizações armadas da resistência e alguns grupos de delinqüentes que operam nessas localidades.