Odílio Rodrigues declara ser contra punições aos clubes sobre racismo
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Terça, 25 de Março de 2014 às 08:42, por: CdB
Ao comentar o episódio de racismo envolvendo o volante Arouca, o presidente em exercício doSantos, Odílio Rodrigues, declarou ser contra punições aos clubes. O dirigente acredita que sanções impostas ao Mogi Mirim, que teve o estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira interditado preventivamente não resolverão o problema.
- No primeiro momento, dá a impressão de que se tomou alguma providência. Mas há uma impunidade a quem fez isso. Tenho convicção de que os dirigentes do Mogi Mirim, a diretoria e os quadros associativos do clube não compactuam com o que meia dúzia de imbecis fizeram. Acho que isso (punições aos clubes) estimula a impunidade, porque o marginal que fez isso não está preocupado com o prejuízo que causou ao clube - afirmou.
As ofensas contra Arouca aconteceram no último dia 6, durante a goleada por 5 a 2 do Santos sobre o Mogi Mirim, no Romildão. Nenhum torcedor foi preso.
- Todo o sistema tem que se voltar para a identificação da pessoa que cometeu esse ato, que precisa ser punida pela lei. Punir a instituição pode ser o mais fácil, mas com certeza não é o mais efetivo - opinou Odílio.
Além do episódio envolvendo Arouca, outros dois casos foram registrados em gramados brasileirosnas últimas semanas. No Campeonato Gaúcho, o árbitro Márcio Chagas da Silva foi xingado e encontrou bananas sobre o seu carro após o jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Mandante, o Esportivo perdeu cinco mandos de campo e recebeu multa no calor de R$ 30 mil.
Assis, lateral do Uberlândia, foi ofendido por um membro da torcida do Mamoré durante partida do Módulo 2 do Campeonato Mineiro. A injúria racial foi confirmada por outras pessoas presentes no estádio Bernardo Queiroz, em Patos de Minas, e o torcedor foi preso.