Número de combatentes do EI atinge 10 mil no Afeganistão

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Publicado terça-feira, 26 de abril de 2016 as 11:25, por: CdB

A situação no Afeganistão piorou visivelmente nos últimos meses. O movimento Talebã, que anteriormente tinha conquistado um grande território nas áreas rurais do país

Por Redação, com Sputnik Brasil – de Beirute:

O número de combatentes do Estado Islâmico (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) no Afeganistão aumentou no último ano para 10 mil, declarou nesta terça-feira a jornalistas Nikolai Bordyuzha, secretário-geral da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).

A situação no Afeganistão piorou visivelmente nos últimos meses
A situação no Afeganistão piorou visivelmente nos últimos meses

– Hoje, segundo alguns dados, há cerca de 10 mil combatentes do EI, ainda que no ano passado houvesse apenas algumas centenas. O processo de aumento ocorre de um modo natural, os militantes são expulsos da Síria, do Iraque em direção ao Afeganistão. Para nós é um perigo sério – disse Bordyuzha.

A situação no Afeganistão piorou visivelmente nos últimos meses. O movimento Talebã, que anteriormente tinha conquistado um grande território nas áreas rurais do país, lançou uma ofensiva contra as grandes cidades. Entretanto, no país está também crescendo a influência do Estado Islâmico.

O grupo terrorista EI autoproclamou-se “califado mundial” em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad.

Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a se fortalecer até se transformar, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.