Número de casos de pedofilia é ivulgado por arquidiocese

A arquidiocese católica de Los Angeles, a maior do país, divulgou na última terça-feira um detalhado estudo no qual cifra em 656 o número de denúncias de pedofilia apresentadas contra seus clérigos desde 1930. Trata-se do maior número de abusos reportado até agora por qualquer das dioceses americanas, as quais integrarão um relatório nacional que estará pronto no dia 27 de fevereiro.

As denúncias afetam um total de 244 membros desta arquidiocese, sejam padres, seminaristas, diáconos ou qualquer outro membro do clero, das 5 mil pessoas que trabalharam no local neste prazo de tempo. O relatório responde à intenção da Igreja Católica de dar fim a um dos maiores escândalos vividos nos Estados Unidos durante os dois últimos anos.

Como assegurou o cardeal Roger Mahony, a arquidiocese está decidida a empreender 'importantes esforços' para ajudar as vítimas destes abusos em sua recuperação, embora 'só a graça de Deus possa oferecer o apoio que as vítimas precisam'.

Até o momento, 85 dioceses informaram a existência de denúncias contra 1.657 membros do clero desde 1950. De acordo com a rede de TV CNN, a cifra final do relatório nacional pode chegar a 4.450 clérigos implicados em alguma denúncia de abuso de menores desde 1950.

Mahony lembrou que pode haver casos nos quais não existam as provas necessárias para apoiar a acusação. Além disso, ele não divulgou em seu relatório os nomes de 33 dos acusados, já que seus casos ainda estão em estudo.

Até o momento, a arquidiocese pagou um total de US$ 10,4 milhões em acordos com muitos dos denunciantes. Ainda assim, as denúncias chegam a centenas desde que foram e eliminados os limites de tempo para a apresentação de acusações de abuso sexual de menores.

De fato, o relatório mostra que a maioria dos supostos abusos ocorreu nas décadas de 60, 70 e 80, embora sua denúncia tenha acontecido durante esta recente onda que se cingiu sobre a Igreja Católica.