O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta sexta-feira com os ministros da área econômica e Planejamento e deve anunciar o novo valor do salário-mínimo. Caso prevaleça a proposta da equipe econômica, o mínimo passará de R$ 240 para R$ 260, a partir de 1º de maio, e o salário-família, de R$ 13,48 para R$ 25.
Mas esses reajustes representarão uma despesa adicional no Orçamento de 2004 de R$ 1 bilhão, que precisará ser coberta com o aumento da arrecadação de impostos e de contribuições. O ministro do Planejamento, Guido Mantega, explicou que o governo tem uma grande preocupação de elevar a renda das famílias mais pobres, mas não pode inviabilizar as contas da Previdência e das pequenas prefeituras com o aumento do mínimo.
Nos últimos dias, Lula analisou várias simulações sobre o impacto do salário-mínimo nas contas públicas. Esses númenos mostram que, se o reajuste for acima de R$ 260, haverá uma redução nos gastos com investimentos. Caso o mínimo suba para R$ 270, serão necessários mais R$ 2 bilhões para cobrir este ano.