Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Nove pessoas serão indiciadas por morte de chinês no Rio

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Quarta, 01 de Outubro de 2003 às 14:36, por: CdB

O delegado da polícia civil do Rio de Janeiro Marcelo Fernandes concluiu o inquérito sobre a morte do comerciante chinês Chan Kin Chang. Nove pessoas devem ser indiciadas por crime de tortura seguida de morte.

As investigações envolveram 86 depoimentos e uma reconstituição do crime que durou 8 horas e meia. O delegado de Homicídios Fernandes aguarda o envio de um documento do Instituto Médico Legal (IML), que indica a intesidade das lesões sofridas pelo comerciante, para incluir no inquérito para, então, enviá-lo ao Ministério Público.

O inquérito da Polícia Federal entregue na semana passada inocenta os agentes federais que levaram o comerciante do Aeroporto Internacional Tom Jobim à prisão e indicia por tortura seguida de morte doze pessoas, entre presos, agentes penitenciários e o ex-diretor do presídio Ary Franco, onde Chang foi encontrado com várias lesões pelo corpo.

O comerciante chinês foi preso 25 de agosto ao tentar embarcar para os Estados Unidos com US$ 30 mil não declarados à Receita Federal. Levado para o presídio Ary Franco, dois dias depois teve que ser internado com escoriações pelo corpo.

Chan foi levado ao Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio. Ele passou oito dias em coma, mas acabou falecendo no dia 5 de setembro. A Justiça já havia concedido um alvará de soltura.

Chang vivia no Brasil desde 1983, mas havia decidido morar nos Estados Unidos com a família. Os familiares de Chang vão exigir uma indenização do governo brasileiro.

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