Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Nova audiência do caso Amarildo será nesta sexta-feira

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Quinta, 10 de Abril de 2014 às 08:46, por: CdB
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O juízo da 35ª Vara Criminal da Capital interrogou, mais quatro réus da ação penal que apura o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza
O juízo da 35ª Vara Criminal da Capital interrogou, mais quatro réus da ação penal que apura o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, em 14 de julho de 2013, na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Dos 25 acusados, sete já foram ouvidos. A próxima audiência está marcada para esta sexta- feira. Na ocasião, os demais réus serão interrogados. Eles são acusados dos crimes de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha. O primeiro acusado a ser ouvido nesta quarta-feira foi o soldado Marlon Campos Reis, que estava junto com o soldado Douglas Vital na viatura policial que abordou Amarildo. Segundo ele, a apreensão de Amarildo aconteceu após uma informante relatar para o soldado Douglas Vital que havia pessoas armadas na Rua Dois. Segundo ele, Amarildo foi levado para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, para apresentar seus documentos ao major Edson Santos, que possuía uma relação atualizada de mandados de prisão expedidos. Ele afirma ter visto Amarildo ir embora, após ser liberado pelo major Edson. Marlon caiu em contradição quando disse que nunca havia visto Amarildo, pois em quatro depoimentos anteriores havia afirmado que já o tinha visto na favela e já havia visto o soldado Vital cumprimentando-o. Ele negou as acusações de que teria sido o autor da ligação feita para a Delegacia de Homicídios em nome do traficante “Catatau”, imputando a morte de Amarildo aos traficantes. Uma perícia realizada a pedido do Ministério Público estadual teria constatado que a voz era de Marlon e não de “Catatau”. Os soldados Jorge Luiz Gonçalves Coelho e Victor Vinicius Pereira da Silva também foram interrogados. Eles contaram que foram com a sua equipe ao bar onde estava Amarildo, lá encontrando a equipe dos soldados Marlon e Vital. Eles afirmaram que viram quando Amarildo entrou na viatura junto com Vital e Marlon, tendo eles ficado no local porque não tinha mais lugar no carro. Cerca de 20 minutos depois, quando eles voltaram para a UPP, perguntaram ao soldado Marlon se Amarildo tinha sido levado à delegacia e Marlon teria tido que ele já havia sido liberado. Os dois afirmaram que não conheciam Amarildo, mas contaram que conheciam Bete, esposa dele, pois era uma pessoa popular na comunidade. No último depoimento do dia, o sargento da PM Jairo da Conceição Ribas negou todas as acusações que lhe são feitas nos autos. Disse que Amarildo foi abordado pela equipe do soldado Vital, enquanto a sua fazia o patrulhamento de outra área da comunidade. Afirmou também que enquanto dirigia-se, na mesma noite, para a base da UPP viu uma viatura policial dirigida pela policial Thaís Rodrigues Gusmão, uma das rés da ação, com o soldado Marlon Campos Reis e Amarildo de Souza. O sargento negou em juízo ter recebido ameaças do major Edson Santos e do tenente Luiz Felipe Medeiros desde do desaparecimento de Amarildo de Souza.
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