De acordo com a assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste (CML), o ferimento não é grave. Mesmo assim, a vítima foi encaminhada para o hospital
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
Um militar do Exército ficou ferido durante um tiroteio na manhã desta quarta-feira, em Niterói, no Grande Rio. O homem participava de uma ação na comunidade do Caramujo, quando se envolveu num tiroteio e acabou atingido na mão.
De acordo com a assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste (CML), o ferimento não foi grave. Mesmo assim, a vítima foi encaminhada para o hospital para ser avaliada.
As Forças Armadas participam de operação conjunta com as polícias civil e militar em comunidades de Niterói. Os militares fizeram o cerco a comunidades e estão localizados no que a Secretaria de Segurança considera pontos estratégicos.
Na operação, os militares abordaram pessoas e fizeram busca por armas e drogas. As polícias realizaram o trabalho de cumprimento de mandados de prisão dentro das comunidades.
Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, algumas ruas ficaram interditadas e os espaços aéreos controlados, com restrições dinâmicas para aeronaves civis nas áreas de operações.
Operação
O Exército e Marinha atuaram com um efetivo de 2,6 mil homens, responsáveis pelo cerco de pontos estratégicos. Dois helicópteros, uma da Marinha e outro do Exército, e 33 blindados deram apoio às ações, além de 120 viaturas de transportes.
Toda a operação foi coordenada pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, no Rio.
Evitar operações perto de escolas
A Secretaria Estadual de Segurança do Rio de Janeiro publicou no dia anterior no Diário Oficial instrução normativa para evitar confrontos e balas perdidas em áreas próximas a escolas, creches, postos de saúde e hospitais.
Segundo o documento, agentes das polícias Civil e Militar devem evitar operações em horários de maior fluxo de entradas e saídas de pessoas desses locais. Principalmente, entrada e saída de alunos nos colégios e escolas. Bem como “o não baseamento de recursos operacionais nas entradas e interior de tais estabelecimentos. Principalmente, entrada e saída de alunos nos estabelecimentos de ensino". Diz o texto, assinado pelo secretário estadual de Segurança, Antônio Roberto Sá.
Foi estabelecido prazo de 15 dias para que as polícias Civil e Militar revisem atos normativos relacionados ao tema ou editem novos atos, de forma a incorporar o novo conteúdo.
Em abril passado, parentes da estudante Maria Eduarda Alves, 13 anos, morta em 31 de março após ser baleada dentro da escola onde estudava em Acari, Zona Norte, pediram ao governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a criação de uma lei que proíba operações policiais nas comunidades em horário escolar.
Na instrução normativa, o secretário enfatiza o papel do policial de respeitar os direitos humanos e liberdades fundamentais e ter atitudes não discriminatórias. A proteção da integridade física de terceiros e dos próprios policiais sobrepõe a prisão de um infrator da lei em resistência, ressalta a recomendação.