Estão sendo mobilizados 580 militares das Forças Armadas e 90 policiais militares com apoio de carros blindados, helicópteros e equipamentos pesados de engenharia para desobstrução de barreiras colocadas na comunidade para prejudicar a entrada de carros da polícia na favela
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
O Comando Conjunto das forças de intervenção federal na segurança deflagrou hoje (15) uma operação contra o tráfico de drogas na comunidade do Viradouro, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. A ação envolve cerco, estabilização dinâmica da área e desobstrução de vias. A operação poderá cumprir também mandados de prisão por parte da Polícia Civil.
Estão sendo mobilizados 580 militares das Forças Armadas e 90 policiais militares com apoio de carros blindados, helicópteros e equipamentos pesados de engenharia para desobstrução de barreiras colocadas na comunidade para prejudicar a entrada de carros da polícia na favela.
Algumas ruas e acessos nessas áreas poderão ser interditados e setores do espaço aéreo podem ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos.
A operação faz parte das medidas implementadas pela intervenção federal na segurança pública do Rio.
MPF irá fiscalizar ações da intervenção federal no Rio
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro instaurou inquérito civil público; com objetivo de fiscalizar as ações decorrentes da intervenção federal no Estado. Os procuradores querem checar a regularidade dos procedimentos policiais decorrentes da aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) pelos militares. A informação foi divulgada quarta-feira pelo MPF.
Os procuradores já solicitaram uma reunião urgente com o interventor, general Walter Souza Braga Netto, para tratar do assunto. O MPF tem poder legal de acompanhar o desenrolar do processo.
- É nosso dever indeclinável acompanhar e fiscalizar a execução e o andamento destas medidas. Evidentemente, os aspectos estratégicos, táticos e operacionais correlatos são atribuições do interventor e responsabilidade dele e de seus comandados. Mas não se pode dizer que a situação é de normalidade - afirmou o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira Benones em nota do MPF.
Segundo ele, direitos e garantias não foram suprimidos, cabendo ao MPF atuar preventivamente, colaborando no que for possível; cobrando e responsabilizando por eventuais excessos e abusos.
- Assim, é necessário haver transparência, dialogo e prestação de contas. Não restam dúvidas de que o crime organizado, no atual estado das coisas, configura, entre outras mazelas; uma contestação a soberania nacional. A nenhum de nós interessa o cenário de terra arrasada. Mas o desafio do Estado brasileiro é combater e prender bandidos que vivem ou se escondem entre pessoas de bem - declarou o procurador.
Por meio de nota, o Gabinete de Intervenção Federal disse que: “Em entrevista recente, o interventor federal para a Segurança Pública, general Braga Netto; afirmou que acredita na contribuição das instituições, da população e da imprensa. Ele enfatizou a transparência e a legalidade das ações. O Gabinete de Intervenção Federal conta com um canal direto de atendimento; para o caso de sugestões e denúncias: ouvidoria.intervencao@cml.eb.mil.br".