Maior companhia do setor alimentício do mundo, a Nestlé anunciou nesta quarta-feira o aumento de 11,4% no lucro líquido do primeiro semestre. O resultado foi ajudado por esforços de hedging e aumentos de preço que ofuscaram aumento de custos com energia. A empresa teve lucro líquido de 4,151 bilhões de francos suíços (US$ 3,39 bilhões) nos primeiros seis meses de 2006, cumprindo expectativas do mercado.
A forte performance do negócio de alimentos e bebidas do grupo ajudou a impulsionar as vendas orgânicas da companhia em 6,4%, superando as próprias metas da empresa e de analistas. Os números de crescimento permitiram que a Nestlé previsse que o aumento das vendas orgânicas no acumulado do ano atinja a ponta mais alta de sua faixa de expectativas de entre 5% e 6%. Às 10h35, as ações da Nestlé eram destaque nas bolsas de valores européias e ganhavam 2,56%.
Como suas concorrentes, a Nestlé tem enfrentado pressão dos aumentos dos preços das matérias-primas, como café, açúcar e energia, que têm impulsionado o preço dos produtos alimentícios, empacotamento e transporte. Nos primeiros seis meses do ano, a margem do lucro antes dos impostos e juros (Ebit, na sigla em inglês) teve alta de 10 pontos-básicos, com as variações cambiais, informou o vice-presidente financeiro, Paul Polman.
O executivo disse a jornalistas que ele espera aumento semelhante da margem Ebit no segundo semestre deste ano.
- Estamos confiantes de que vamos conseguir sustentar a mesma melhora de margem Ebit no segundo semestre - afirmou Polman.