Forças dos Estados Unidos libertaram o principal negociador de Falluja nesta segunda-feira depois de ataques aéreos e de uma batalha de nove horas na cidade ao oeste de Bagdá, dominada por rebeldes sunitas.
O governo interino do Iraque prometeu atacar Falluja se a cidade não entregar militantes estrangeiros liderados pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqawi. Ele é considerado o pior inimigo dos norte-americanos no Iraque.
Os rebeldes que tentam prejudicar o governo apoiado pelos EUA atacaram as forças de segurança novamente na noite deste domingo, com uma carro-bomba em um café usado pela polícia iraquiana.
Militares dos EUA disseram que oito pessoas morreram, incluindo um policial, e 28 ficaram feridas.
- Só Deus sabe o que aconteceu com o tema das negociações, porque fiquei desligado durante quatro ou cinco dias - disse Khaled al-Jumaili, depois de ter sido libertado, durante a madrugada.
Fuzileiros navais dos EUA prenderam o clérigo nesta sexta-feira, quando ele estava levando a família para fora da cidade por motivos de segurança. Moradores relataram que Falluja estava relativamente calma após as duras batalhas deste domingo.
Funcionários de hospitais disseram que uma criança está entre os quatro civis mortos no conflito. Doze pessoas ficaram feridas.
- Acho que os moradores de Falluja não querem este tipo de paz. Eles querem paz real, não uma paz que esfaqueia pelas costas e ataca e destrói casas e mata mulheres - afirmou Jumaili.
Jumaili pertence ao Shura Mujahideen (conselho) de Falluja, formado por líderes tribais e rebeldes, que controlam a cidade desde o fim de uma ofensiva norte-americana em abril.
Os norte-americanos dizem que Falluja tornou-se uma importante base da rede de Zarqawi, apontado como mentor de carros-bomba e sequestros. Mas, para Jumaili, a caçada por Zarqawi é um pretexto para atacar Falluja. Os EUA oferecem 25 milhões de dólares por Zarqawi.