O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Gilson Cantarino, afirma que, antes de uma intervenção no sistema municipal de atendimento básico de saúde, é preciso obrigar o município a cumprir suas obrigações. Segundo ele, a proposta de intervenção será avaliada durante reunião na noite desta quarta-feira (30) com o coordenador da intervenção federal nos hospitais, Sérgio Côrtes.
- Ainda não estou seguro disso, é uma questão que deverá ser analisada. Mas o que precisamos é encontrar mecanismos para obrigar o município a investir na rede básica. Ele não pode ser desobrigado daquilo que é sua missão - disse.
O atendimento deficiente da rede básica, formada por postos e centros de saúde, tem provocado a superlotação dos seis hospitais que passaram a ser gerenciados pela secretaria estadual de Saúde, após a intervenção federal no dia 11 de março.
De acordo com Gilson Cantarino, o melhor seria que o estado apenas auxiliasse a gestão do município. Para ele, a fiscalização da qualidade dos serviços prestados poderia ser feita através de "um termo de ajustamento de condutas junto ao Ministério Público".
- O Estado pode compartilhar com o município se necessário, apoiando a secretaria municipal de Saúde. O esfacelamento desta secretaria não interessa a ninguém. Temos que analisar isso com cuidado, por mim eu evito, prefiro fazer compartilhadamente - disse.
MS e governo do Rio vão analisar proposta de intervenção na rede básica
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Quarta, 30 de Março de 2005 às 12:00, por: CdB