O Ministério Público do Trabalho aplicou uma multa recorde pela exploração de trabalho escravo à família Mutran, proprietária de diversas fazendas no sul do Pará. O valor é de R$ 1.350.440, a ser paga em 18 parcelas mensais.
De acordo com o jornal O Globo, a família Mutran é acusada de submeter empregados a condições degradantes de trabalho. Os fazendeiros decidiram fazer um acordo e vão pagar o valor estipulado na ação civil pública.
A multa foi aplicada ao grupo Jorge Mutran Exportação e Importação, uma das maiores empresas de agronegócios do Pará e proprietária da Fazenda Cabeceiras, em Marabá.
No local, duas operações de fiscalização, em 2001 e 2002, encontraram 47 trabalhadores submetidos a condições de trabalho consideradas desumanas. Os fiscais encontraram na fazenda péssimas condições de alojamento, sem direitos trabalhistas e em condições análogas às de escravo.