Rio de Janeiro, 11 de Novembro de 2024

Mortos em enchentes no oeste da Índia chegam a 850

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Sábado, 30 de Julho de 2005 às 10:50, por: CdB

O número de mortos nas piores enchentes no oeste da Índia em quase um século chegou a 850 no sábado, enquanto equipes de resgate retiravam mais corpos de deslizamentos de terra provocados pelas fortes chuvas das monções, segundo funcionários do governo.

As autoridades se preparam para mais enchentes, com a previsão de mais chuvas nos próximos dois dias no Estado de Maharashtra e sua capital, Mumbai (ex-Bombaim).

O centro financeiro da Índia ficou quase paralisado durante a semana após dois dias de aguaceiros torrenciais. "A situação está melhorando em Mumbai. Mas o aumento das chuvas nesta manhã está nos preocupando", disse um funcionário do governo.

Equipes de resgate continuam com a árdua tarefa de buscar mais corpos que podem estar presos sob montes de lama e pedras que destruíram dezenas de barracos nos morros do subúrbio de Andheri, ao norte de Mumbai.

As autoridades já retiraram 70 corpos, elevando o total de mortes na cidade a 405, e o secretário de resgate de Maharashtra, Krishan Vatsa, disse que pode haver ainda mais corpos sob os escombros.

Outros 80 corpos foram retirados de um deslizamento de terra quatro dias antes em uma vila a 150 quilômetros ao sul de Bombaim.

"Há ao menos quatro locais de deslizamentos na região de Konkan, onde as equipes de resgate ainda não começaram a trabalhar. Então, o número de mortos ainda deve aumentar", disse Vatsa.

Os vôos do aeroporto de Bombaim -- o mais movimentado da Índia -- foram suspensos brevemente após um Boeing 747 da Air India derrapar na pista molhada ao pousar vindo da cidade de Bangalore. Nenhum dos 333 passageiros ficou ferido.

"A pista foi aberta novamente para operações. Esperamos eliminar o acúmulo de vôos atrasados até a noite", disse o diretor do aeroporto de Bombaim, Sudhir Kumar.

Os serviços de trem e ônibus em Bombaim, uma cidade com 15 milhões de habitantes, foram retomados parcialmente, mas algumas áreas atingidas pelas enchentes ainda estavam sem água encanada, eletricidade e serviços de telecomunicações após quatro dias.

As autoridades e os serviços de saúde continuavam a limpar a sujeira e as carcaças de animais e pulverizavam inseticida para prevenir a proliferação de mosquitos na água parada.

"Nosso foco agora é claramente dar atenção às pessoas afetadas. A distribuição de medicamentos para prevenir o aparecimento de epidemias está sendo feita num esquema de guerra", disse Vatsa.

As enchentes das monções causam centenas de mortes todos os anos na Índia e cobrem vastas porções de terra no país densamente povoado, cortado por centenas de rios.

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