Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Moradores ocupam hospital desativado em SP

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Terça, 25 de Agosto de 2015 às 10:43, por: CdB
Por Redação, com ABr - de São Paulo: Um grupo ligado à União dos Sem-Teto ocupou o antigo Hospital Pan-Americano, no Alto de Pinheiros, bairro nobre da Zona Oeste paulistana. Segundo o movimento, cerca de 200 famílias começaram a chegar ao imóvel na última sexta-feira. As pessoas estão deixando um prédio ocupado na região da Sé (Centro), onde uma ordem de despejo está prestes a ser cumprida.
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O Hospital Pan-Americano pertencia ao grupo Samcil, que entrou em liquidação judicial em 2011
Na manhã desta terça-feira,  havia pouco movimento no imóvel. Todas as entradas foram bloqueadas com tapumes ou entulhos. Uma viatura da Polícia Militar faz ronda permanente na área, com a ordem de evitar a entrada de novos ocupantes ou de pessoas com móveis. “Eles explicaram que não podia chegar mais pessoas e não era para entrar com móveis”, contou uma das ocupantes, a cabeleireira Fernanda Oliveira, que conversou com a reportagem da Agência Brasil no portão do prédio. “A gente não quer entrar em conflito com eles”, disse Fernanda, ao acrescentar que o grupo estava cumprindo o acordo informal com a polícia. Fernanda diz que o grupo faz revezamento para ir trabalhar, levar as crianças à escola e até para tomar banho na casa de parentes. “A gente faz revezamento para tudo. Conversa com os patrões. Quem é autônomo não vai trabalhar. E também nos revezamos para dormir. Uma parte dorme e a outra fica acordada”, contou a cabeleireira, que está na ocupação com o marido e a filha de 7 anos. Preocupados principalmente com as crianças, os sem-teto fizeram um mutirão para limpar o prédio. Para o trabalho, compraram vassouras e produtos de limpeza. “Sobrou isso aqui, muito lixo” disse Fernanda, mostrando um monte de entulho que bloqueava o portão, ao responder sobre o que restou da antiga infraestrutura do prédio. O Hospital Pan-Americano pertencia ao grupo Samcil, que entrou em liquidação judicial em 2011. O imóvel foi desapropriado pelo governo do estado de São Paulo para ser transformado em um hospital especializado em trauma. À Agência Brasil entou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e aguarda posicionamento do órgão.  
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