O recordista mundial dos 100 metros rasos, Tim Montgomery, vai pressionar por uma corte de arbitragem nas acusações da Agência Antidoping dos Estados Unidos contra ele, disseram os advogados do velocista na última segunda-feira.
- Nós estamos contestando as acusações e pediremos arbitragem - afirmou Don Goldberg, porta-voz da advogada de Montgomery, Cristina Arguedas. Uma carta seria enviada à Usada, de acordo com ele.
- Tim Montgomery não fez nada de errado, e nós acreditamos que qualquer leitura clara do fato sustenta sua inocência - acrescentou Arguedas em um comunicado, de 18 de junho.
De acordo com o protocolo da Usada, pessoas acusadas de doping devem aceitar uma punição ou então procurar uma audiência antes que o painel da Associação Norte-Americana de Arbitragem inclua os integrantes do país na Corte Arbitral do Esporte (CAS) ou ir diretamente ao CAS, na Suíça.
Montgomery e a ex-campeã mundial indoor dos 200 metros Michelle Collins estão entre os velocistas dos EUA acusados pela Usada de ingerir substâncias proibidas e podem ser banidos do esporte. A Usada não é uma agência governamental.
Goldberg não quis comentar a reportagem que informava que Montgomery teria dito a um júri em San Francisco que alguns corredores de elite estavam doentes por causa de uma droga do Balco, laboratório da área de San Francisco, acusado de distribuir substâncias proibidas aos atletas.
O San Francisco Chronicle informou que Montgomery disse ao júri que investiga o Balco que ele sofreu efeitos negativos e não tirou benefícios com a droga durante período de oito meses, entre 2000 e 2001.
Segundo o jornal, Montgomery afirmou que a droga foi feita para 'atletas de fisiculturismo, não para velocistas' e que não seria detectável em exames antidoping. O jornal não divulgou como conseguiu a informação.
Montgomery pressiona por arbitragem em caso de doping
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Terça, 29 de Junho de 2004 às 00:27, por: CdB