O célebre quadro da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, foi transferido para um espaço novo e amplo no Museu do Louvre, em Paris, após uma reforma que levou quatro anos e custou quase 5 milhões de euros.
A partir da quarta-feira, os visitantes do Louvre encontrarão a tela pintada há 500 anos na Salle des Etats, uma grande galeria que, até 1870, era usada como câmara de debates parlamentares e que, desde 2001, passou por uma reforma de 4,8 milhões de euros.
O arquiteto peruano Lorenzo Piqueras disse que quer que os 6 milhões de visitantes anuais do museu tenham mais facilidade para chegar até o sorriso considerado o mais famoso do mundo, impedindo os enormes congestionamentos que costumam se formar diante da obra-prima.
- Imaginei alguém que vem ver a Mona Lisa e a quem é dito: 'Ande até ali, vire à direita, vire à esquerda e você a verá'. Assim é impossível! - disse o arquiteto, falando do espaço que a Mona Lisa ocupava até agora na apertada Salle Rosa, ao final de uma galeria do Louvre.
Agora a Mona Lisa sorri em uma grande estrutura que lembra uma moldura gigante, situada ao final de uma sala de 840 metros quadrados, onde os visitantes podem admirá-la atrás de um cercado de madeira. Uma iluminação nova ressalta as cores do quadro.
- Aqui você se sente caminhando até ela - disse Piqueras, observando a grande entrada do ambiente bem iluminado.
- Você a vê imediatamente, caminha até ela e a vê o tempo todo. Conto com isso para garantir o fluxo de visitantes.
Erguida contra o pano de fundo de uma parede bege marmorizada e protegida por vidro inquebrável, a obra-prima de Da Vinci está exposta ao lado de cerca de 50 outras telas italianas do século 16, incluindo a gigante Festa de Casamento em Cana, de Veronese, do outro lado da sala.
No ano passado, representantes do Louvre disseram que a Mona Lisa está mostrando sinais de desgaste e encomendaram uma análise técnica e científica aprofundada para determinar o estado em que a tela se encontra.
A Mona Lisa adquiriu um tom amarronzado em função do acúmulo de poeira e sujeira e de mudanças químicas no verniz que cobre sua superfície. Até agora, porém, o Louvre vem resistindo às pressões para restaurar a tela a suas cores originais.
Mona Lisa sorri em nova sala do Museu do Louvre, em Paris
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Terça, 05 de Abril de 2005 às 12:15, por: CdB