Missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participou nesta sexta-feira, em Paris, da reunião da Organização Mundial de Saúde Animal, antiga Organização Internacional de Epizootias (OIE). O objetivo do encontro foi explicar a representantes da instituição as medidas adotadas pelo Brasil para combater e erradicar o foco de febre aftosa detectado no município sul-mato-grossense de Eldorado no último dia 8. Até agora, 28 países já suspenderam a compra de carne brasileira, devido à incidência do vírus da doença.
As ações para o controle e erradicação do foco de febre aftosa descoberto em Mato Grosso do Sul e os procedimentos em relação à doença que vem sendo adotados em nível nacional e internacional são temas de uma reunião que será realizada hoje, às 10 horas, no Ministério da Agricultura. Participam secretários estaduais de Agricultura, superintendentes federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos estados que fazem parte da zona livre de aftosa (RS, SC, SP, MT, MS, GO, RJ, MG, ES, BA, SE, TO, AC, RO e DF) e representantes de institutos estaduais de defesa agropecuária. O foco de aftosa foi detectado no município de Eldorado, em uma fazenda com quase 600 animais. Todos foram sacrificados.
Amostras de sangue de animais de outras fazendas em Eldorado foram encaminhadas para análise em laboratório e, até agora, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) descarta a possibilidade um novo foco de febre aftosa no município. Diretor-geral da agência, João Cavallero disse que todos os animais com sintomas semelhantes à doença vão passar por exames, o que coloca duas propriedades sob suspeita. A outra fazenda, onde haveria um novo foco da doença, não teve o nome divulgado, mas é vizinha à fazenda Vezozzo onde já foi confirmado o foco inicial da doença. Haveria uma terceira propriedade sob suspeita, desta vez em Japorã, também no extremo sul do Estado, na fronteira com o Paraguai.