O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se mostrou, nesta quinta-feira, otimista quanto às negociações entre o Brasil e a Bolívia envolvendo o gás natural e, como conseqüência, a estatal brasileira Petrobras.
- Agora sinto uma atitude mais pragmática e uma busca de soluções, digamos, menos retórica. Discutir questões técnicas, propostas, contra-propostas. Isso é um progresso - , disse ele durante a comemoração do aniversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Alvorada.
- A conversa é técnica porque envolve aspectos econômicos e jurídicos diante de uma realidade nova, mas que era prevista desde 2004, que foi a nacionalização -, completa.
Termina neste sábado o prazo para que as empresas petrolíferas que atuam na Bolívia, incluindo a Petrobras, decidam se aceitam ou não os termos do decreto de nacionalização das reservas naturais de gás e petróleo. A medida foi anunciada pelo presidente Evo Morales em maio deste ano.
Questionado se o Brasil conseguirá cumprir o prazo, o ministro voltou a afirmar que as negociações vêm sendo feitas e que será possível chegar a um acordo.
- Ninguém tem que ser escravo de prazo, se conseguir terminar, ótimo -, disse.
Amorim reiterou que o acordo deve atender aos interesses dos dois países, sem imposições unilaterais. E negou ser um caminho viável a possibilidade de o Brasil recorrer à Justiça caso o acordo não traga benefícios ao país.
- Isso está previsto nos contratos, agora espero que possa resolver pela negociação - explicou o ministro.
Segundo ele, Morales lhe garantiu que não haverá confisco na estatal.
- O importante é que as condições sejam adequadas, que tornem o empreendimento viável, e que não haja confisco, como me garantiu pessoalmente o presidente Evo Morales -,disse.
Ministro se diz otimista quanto à negociação entre Petrobras e Bolivia
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Sexta, 27 de Outubro de 2006 às 12:34, por: CdB