O ministro da Agricultura do Peru renunciou após relatos de que um hotel de propriedade da sua família fornecia prostitutas adolescentes para seus hóspedes.
"Eu pedi ao presidente (Alejandro) Toledo que me deixasse apresentar minha demissão", disse o ministro José Leon a jornalistas depois de se encontrar com o presidente na noite de segunda-feira.
Toledo aceitou o pedido de demissão.
O escândalo veio à tona na noite de domingo, quando o programa Cuarto Poder, da America Television, enviou um repórter para o hotel, com uma câmera escondida. O jornalista pediu a um funcionário do hotel que conseguisse adolescentes para ele. O funcionário afirmou que elas estariam ali em 20 minutos.
Os bordéis são ilegais no Peru e Leon, que disse ter sido pego de surpresa pela reportagem, negou que o hotel estivesse envolvido. Qualquer alcovitagem teria sido feita pelos faxineiros, que foram demitidos, disse.
O programa mostrou imagens granuladas de uma mulher, vestida apenas com calcinhas, dançando. Era dito ao repórter que se o cliente não achasse a mulher do seu gosto, outras poderiam ser providenciadas.
O tablóide Peru.21 informou ter falado com algumas das mulheres e que elas disseram cobrar 120 sóis novos (34 dólares) por sexo. O jornalista do Cuarto Poder disse que o hotel ficava com 20 sóis para cada prostituta.
A oposição pediu a Leon que se demitisse na segunda-feira e o Congresso abriu uma investigação sobre o caso.
A saída de Leon é mais um golpe ao governo de Toledo. Leon é o sexto ministro a cair em meio a polêmicas desde o ano passado.