Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Ministro da Justiça exonera policiais federais do Mato Grosso

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Quinta, 04 de Dezembro de 2003 às 02:35, por: CdB

Três policiais federais do Mato Grosso, acusados de envolvimento na máfia dos combustíveis, foram exonerados por determinação do ministro da Justiça, Márcio Tomaz Bastos. Eles haviam sido presos em dezembro de 2001, acusados de integrarem um organizado esquema de desvio e adulteração de combustíveis vindos do Uruguai para o Brasil.

Ronaldo Martins Fraga, Ricardo Jorge da Costa e Jarbas Lindomar Rosa, são acusados de formação de quadrilha, corrupção, facilitação de contrabando, prevaricação e violação de sigilo profissional. Desde então eles foram afastados de suas funções, ficaram presos em Brasília, e nesta quinta-feira respondem aos processos em liberdade.

Na época, oito pessoas foram presas em uma operação desencadeada pelas superintendências da Polícia federal em Cuiabá e Brasília. As investigações tiveram duração de 18 meses.

Conforme a polícia, a função dos agentes era a de informar aos demais integrantes da quadrilha as operações que seriam desencadeadas para repressão a roubos, desvios e adulteração de cargas de combustíveis.

O empresário Lauro Coleta Santiago, conhecido como 'Pastor', é apontado como o líder da quadrilha. Ele é proprietário de transportadoras em Cuiabá. Dois bolivianos também estão envolvidos no esquema. Um deles é Pedro Edgar Camacho Barrero, proprietário de duas distribuidoras na Bolívia. Ele é apontado como o responsável pelo repasse do combustível adulterado ao mercado brasileiro.

A empresária Maria Bernadete Aparecida Bonifácio, dona de uma casa de câmbio no centro de Cuiabá, tinha a função de trocar reais em moeda americana, para que a quadrilha pudesse manter 'contatos' na Bolívia.

Conforme a Receita Federal, a gasolina oriunda do Uruguai com destino a Bolívia deveria passar pelo Porto de Paranaguá (PR) e só então depois seguir para a Bolívia. As investigações da PF na época revelaram que a nota fiscal chegava até o Porto de Paranaguá e o combustível não. A gasolina era desviada da rota.
 
Os caminhões tanques eram levados para um sítio na Bolívia onde era 'batizado' com solvente e, posteriormente revendidos a postos de gasolina em Mato Grosso. Cada caminhão revendido tinha o valor aproximado de comercialização de R$ 270 mil.

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