Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Militares proíbem saída de líderes políticos da Tailândia

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Sexta, 23 de Maio de 2014 às 07:18, por: CdB
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Um total de 155 lideranças e militantes, contra e pró-governo, não poderá sair do país sem autorização
O Exército impôs uma proibição de viagem contra a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e mais de uma centena de lideranças políticas nesta sexta-feira, depois de assumir o poder na Tailândia através de um golpe de Estado. Um total de 155 políticos e ativistas, contra e pró-governo, não poderá, por enquanto, sair do país sem autorização, anunciou um porta-voz militar na televisão, afirmando que o objetivo da medida é "manter a paz e a ordem". O comandante do Exército do país, Prayuth Chan-ocha, também convocou Yingluck para uma reunião. Destituída no começo de maio, a ex-primeira-ministra compareceu nesta sexta-feira a uma base militar em Bangcoc, ao lado de 22 aliados, incluindo parentes e ministros de seu gabinete deposto. O general Prayuth assumiu a função de chefe de governo. "Enquanto não tivermos outro primeiro-ministro, o presidente do Conselho Nacional para Manutenção da Paz e da Ordem assume a responsabilidade de governar", comunicaram os militares. Também está previsto para esta sexta-feira um encontro entre Prayuth e o rei Bhumibol Adulyadej. Na quinta-feira, a liderança militar depôs o governo e suspendeu a Constituição. Soldados detiveram várias lideranças de ambos os grupos rivais, militantes e políticos contra e pró-governo. Nas ruas de Bangcoc, a situação era tranquila após uma noite em que foi decretado toque de recolher. Devido ao fechamento das escolas e universidades, havia menos pessoas nas ruas do que o habitual na manhã desta sexta-feira. Não havia tanques nas ruas, e alguns poucos soldados podiam ser vistos em frente a prédios importantes. O país está mergulhado numa crise política há sete meses, provocada por críticas ao governo de Yingluck, irmã do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 pelo Exército. Protestos em massa iniciados em novembro deixaram 28 mortos e centenas de feridos. Yingluck foi destituída pelo Tribunal Constitucional, que a julgou culpada de abuso de poder. Antes disso, Yingluck havia determinado a dissolução do Parlamento e a realização de eleições antecipadas, as quais foram posteriormente anuladas pela Justiça. Ex-primeira-ministra O governo militar da Tailândia prendeu nesta sexta-feira a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e membros de sua família depois de convocá-la e a outros ministros para conversações, um dia depois de o Exército ter dado um golpe de Estado e destituído o governo interino. - Nós prendemos Yingluck, sua irmã e cunhado - disse um militar de alta patente à Reuters. Os dois parentes mantinham altos cargos políticos. - Nós faremos isso por não mais do que uma semana, que seria muito tempo. Nós só precisamos organizar as coisas no país primeiro - afirmou o militar, que não quis dizer onde Yingluck estava sendo mantida. Situação tranquila nas ruas Nas ruas de Bangcoc, a situação era tranquila após uma noite em que foi decretado toque de recolher. Devido ao fechamento das escolas e universidades, havia menos pessoas nas ruas do que o habitual na manhã desta sexta-feira. Não havia tanques nas ruas, e alguns poucos soldados podiam ser vistos em frente a prédios importantes. O país está mergulhado numa crise política há sete meses, provocada por críticas ao governo de Yingluck, irmã do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 pelo Exército. Protestos em massa iniciados em novembro deixaram 28 mortos e centenas de feridos. Yingluck foi destituída pelo Tribunal Constitucional, que a julgou culpada de abuso de poder. Antes disso, Yingluck havia determinado a dissolução do Parlamento e a realização de eleições antecipadas, as quais foram posteriormente anuladas pela Justiça.
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