Os militantes estão passando pelo processo de anistia, que foi declarada no âmbito da crise no país, para voltar à vida normal
Por Redação, com Reuters e Sputnik - de Rawalpindi, Paquistão/Beirute:
A chefia das Forças Armadas da Síria sela acordo com os grupos armados do bairro Aldwair, na província Homs, de cessar-fogo e retirada de tropas armadas, juntamente com suas famílias.
Este já é o segundo acordo nas últimas duas semanas selado na cidade de Daraya, localizada perto de Damasco, de onde foram retirados militantes da assim chamada oposição armada. O assessor do Ministério da Trégua Nacional da Síria, Muhammed Al-Omry, declarou à Sputnik Árabe o seguinte: "Os militantes estão passando pelo processo de anistia, que foi declarada no âmbito da crise no país, para voltar à vida normal". De acordo com ele, aqueles que não concordarem com a trégua, pela segurança de civis, serão obrigados a deixar a cidade.
Segundo o representante do ministério sírio, os jihadistas têm somente uma única opção: baixar as armas e abandonar o lugar de combate. Aquele que fizer isso irá passar por uma série de procedimentos, que o permitirá ter uma vida pacífica. Tais procedimentos são organizados por entidades locais de paz. "As exigências para os que negarem baixar as armas são o abandono de armamento pesado e a saída com armas leves. Depois disto, os militantes vão lutar em outras regiões, já que não há outra opção para eles", explicou. Aqueles que optarem por voltar à vida normal, poderão trabalhar em centros de apoio contra o terrorismo no país, já existentes nas cidades de Damasco e Homs. "Os militantes, após a recuperação social, podem se juntar ao exército ou às forças aliadas", concluiu Muhammed Al-Omry.
Paquistão
O Exército do Paquistão informou nesta quinta-feira que impediu tentativas de expansão do Estado Islâmico na região, prendendo mais de 300 pessoas, incluindo sírios que estavam envolvidos em esquemas de ataques ao governo e alvos civis e diplomáticos.
Os comentários feitos por uma autoridade paquistanesa de alto escalão fazem parte de raro reconhecimento de que o Estado Islâmico, em maioria sediado na Síria e Iraque, teve qualquer presença ativa em um país que é lar de grupos militantes que incluem o Talebã afegão e paquistanês, Al Qaeda e a rede Haqqani.
O tenente-general Asim Bajwa, maior porta-voz do Exército, também rejeitou reclamações norte-americanas de que o país não está agindo contra a rede Haqqani, suspeita de realizar ataques a bomba em Cabul, dizendo que está realizando uma "operação indiscriminada" contra todos os militantes.
Até o momento, autoridades paquistaneses já prenderam 309 pessoas associadas ao Estado Islâmico em território nacional, disse.
A maior parte dos presos pelo Paquistão eram jihadistas paquistaneses que juraram lealdade ao Estado Islâmico, mas cerca de 25 deles eram estrangeiros, incluindo afegãos e sírios, disse.
Ele disse que militantes do grupo ainda estão presentes nas províncias afegãs de Nangarhar, Khost e Kunar, que ficam na fronteira com o Paquistão.
O líder do movimento para o Afeganistão e Paquistão, Hafiz Saeed Khan, foi morto no mês passado por um ataque a drone norte-americano no leste do Afeganistão.